Cerca de 80 funcionários ficarão desempregados com o fechamento da Granol, em Tupã

Após inaugurar uma filial na cidade de Bebedouro/SP, no final do ano passado, a empresa Granol encerrará a operação da sua unidade em Tupã, conforme anunciado na última semana pelos meios de comunicação da cidade. A data para o fim das atividades ainda não foi informada, mas isso poderá acontecer até o final deste ano. O Departamento de Marketing da Granol explicou, em nota encaminhada, que o modelo de uma refinaria isolada da unidade de esmagamento não se mostra mais possível. "A unidade da Granol em Bebedouro tem agora uma refinaria nova, com capacidade instalada suficiente para atender a demanda de refino de óleo a granel e envasado das duas unidades de extração da Granol no Estado de São Paulo (Osvaldo Cruz e Bebedouro)", afirmou. A empresa explicou que o término das suas atividades em Tupã "não se trata de uma queda de produção", mas do fato de possuir uma nova refinaria no município de Bebedouro, inaugurada no final do ano passado. "(A nova refinaria) supre toda a nossa necessidade de refino do óleo produzido nas esmagadoras de Osvaldo Cruz e Bebedouro", salientou. O Departamento de Marketing da Granol ressaltou que a dificuldade de recuperação dos créditos de ICMS aplicados no Estado de São Paulo limitam a expansão da empresa nas cidades paulistas. "A operação em outros estados tem competitividade fiscal que SP não oferece", acentuou. A Granol destacou que oferece, "dentro das possibilidades das outras unidades industriais", a transferência dos colaboradores que tiverem interesse. "Não havendo o interesse na mudança ou uma oportunidade compatível com o perfil do colaborador, a Granol fará, como sempre preza, a indenização de desligamento em rigorosa conformidade com a legislação trabalhista vigente e com enorme respeito àqueles que contribuíram para a história dessa unidade, relíquia dos primórdios de operação da empresa e onde temos operado desde 1975", assegurou. A empresa afirmou que as possibilidades de transferência estão em processo de avaliação. A Granol não informou quantos funcionários serão demitidos em Tupã, mas estima que esse número deva ficar "em torno de 40% dos funcionários que atualmente trabalham na unidade". Considerando que atualmente a empresa tem 200 funcionários, esse número de desempregados ficaria em torno de 80. De acordo com o Departamento de Marketing, a refinaria será conservada em plena condição de retomar a operação, para que possa ser vendida como instalação industrial. "Por enquanto, manteremos as atividades dos escritórios que cumprem funções corporativas e não locais", adiantou. "É imensa nossa gratidão a cada um dos que nos deixarão agora", completou. A Granol possui outros complexos industriais situados nos municípios de Anápolis/GO, Cachoeira do Sul/RS, Porto Nacional/TO, Bebedouro/SP, Osvaldo Cruz/SP e 54 unidades regionais em diversos estados e um escritório matriz na cidade de São Paulo. O Departamento de Marketing explicou que a Granol não encerrará o seu atendimento nas refinarias dessas outras cidades.

História Primeiro foi Óleo Tupã. Os mais antigos ainda se recordam do nome inscrito na chaminé. Somente em 1974 a Granol adquiriu a empresa, então genuinamente tupãense. Fundada em 1965, a Granol é uma empresa 100% brasileira, dedicada à produção e comercialização de grãos, farelos e óleos vegetais e biodiesel para o mercado interno e externo. Hoje, são mais de 2.800 colaboradores engajados e comprometidos em gerar produtos e serviços, focados nas necessidades da sociedade e no respeito ao meio ambiente. Na unidade de Tupã, a Granol tem cerca de 200 funcionários, sendo alguns muito antigos, como é o caso de Hélio Nishikiori.

Diário de Tupã