Paineira Tupã

A queima de fogos de artifício com barulho está proibida em Osvaldo Cruz. Foi sancionada nesta semana a Lei "João Fernando”, de autoria dos vereadores Luis Ricardo Spada Bonfim (PSDB) o "Bitinha” e Lucas Canola Hirano (PV) neste sentido. De acordo com o vereador Bitinha, a legislação representa um alívio para as pessoas com Transtorno do Espectro Autista, muito afetadas em razão de sua hipersensibilidade de visão e audição. A vida de João Fernando, jovem autista de 24 anos, de Osvaldo Cruz, que inspirou os vereadores, sempre foi impactada pelos fogos. A mãe de João Fernando, a professora Branca Romanini, diz que desde muito pequeno o filho teve sensibilidade ao barulho e que o barulho dos fogos sempre assustaram o filho. "Muitas vezes nós nem percebemos o barulho, mas ele rapidamente colocava os dedos nos ouvidos e começa a gritar. O João entra em pânico”, diz a mãe. Por conta dos fogos, João Fernando chegou a entrar em depressão. A mãe conta que nem mesmo os remédios e a terapia foram suficientes para tirar João de dentro de um veículo por 11 dias, após uma queima de fogos. "Ele se escondia em baixo da cama, gritava, entrava no chuveiro, porque a água acalma o autista, mas nada adiantava”, comenta a mãe.

Por conta dos fogos, João Fernando chegou a entrar em depressão.
Lei Segundo Branca, o vereador Luís Ricardo Spada Bonfim, o Bitinha, presenciou uma das crises do João. O parlamentar se interessou pela história do rapaz e, comovido, resolveu ajudar. Em parceria com o também vereador Lucas Canola Hirano, elaborou o projeto ‘Lei João Fernando’, nº 12/2020. No dia 25 de junho, em sessão extraordinária na Câmara de Osvaldo Cruz, a proposta foi aprovada pela maioria dos parlamentares. Na tarde de quarta-feira, 1º de julho, o prefeito de Osvaldo Cruz Edmar Mazucato, sancionou a lei, e o município é o primeiro da região a aprovar lei que regulamenta soltura de fogos de artifício com barulho. Vitória "Eu acreditava que o prefeito iria sancionar o projeto para se tornar lei. Há algum tempo o prefeito Edmar não solta fogos com barulho nas comemorações da cidade. Ele sabe dos problemas que as crianças especiais têm com este tipo de fogos. Meu filho representa todas as pessoas especiais, pessoas acamadas, idosos e os animais que também tem sensibilidade aos fogos. O João veio para representar toda esta população. Gostaria que agradecer a população de Osvaldo Cruz pelo carinho com o meu filho. Também faço um apelo para os prefeitos e vereadores das cidades da região para que sigam o exemplo de Osvaldo Cruz. É pela vida, pela saúde. Não é um capricho de mãe. O barulho é muito prejudicial, desestabiliza a criança”, conclui Branca Romanini.

OCNet_COLABOROU Jornal Impacto

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