pref educação

Uma iniciativa voluntária, de incentivo à leitura, tem chamado a atenção entre os moradores de Adamantina. A professora Ana Luiza Cordeiro criou a Árvore de Livros. A ação começou em abril, na calçada de sua casa, e ganhou novos espaços na cidade. Ana Luiza é professora e atua na sala de leitura da Escola Estadual Helen Keller, que a partir deste ano passou a oferecer ensino em período integral. Proativa, dinâmica e com projetos de estímulo à leitura, na Escola, foi freada com a chegada da pandemia do novo coronavírus (Covid-19). Em casa, com atividades remotas, não se prendeu às limitações trazidas pela quarentena. Após cumprir o cronograma de atividades escolares, à distância, relaxava no final do dia sentando em cadeiras na calçada, em frente na sua casa, um hábito muito comum nas pequenas cidades. Consigo, a professora levava um pequeno acervo, reunido a partir daquilo que dispunha na sua casa, inclusive dos próprios filhos, e começou a pendurar os livros na árvore, na frente do imóvel. A iniciativa começou a despertar a atenção das pessoas que passavam pelo local e vizinhos, que começaram a se aproximar e ter contato com a experiência. Questionada, Ana Luiza orientava o público, que poderia ter acesso aos livros e leva-los, colocando assim seu próprio acervo à disposição. Sensibilizada, a vizinhança também começou a fazer doações. Depois das primeiras experimentações a ideia inicial se fortaleceu e inspirou a professora a ampliar a proposta, o que se deu no próprio bairro (região do Parque Itapuã e Vila Joaquina). Com a ajuda de seu filho, foram produzidos cartazes, produzidos à mão, fixados em postes e em alguns estabelecimentos do entorno. Isso gerou uma nova procura. "As pessoas começaram a parar os carros, descer e retirar os livros”, lembra. Depois desse laboratório inicial, em frente à sua casa, a iniciativa começou sua itinerância e ficou por alguns dias no Parque dos Pioneiros, em uma região com pouco impacto pelas obras que acontecem no lugar. Lá, a ação ganhou mais visibilidade e novas adesões entre interessados em retirar e doar livros. Ana Luiza destaca que a iniciativa tem despertado a atenção a atraído pessoas de todas as idades, entre crianças e adultos, que encontram uma publicação com a qual se identificam, e retiram para leitura.
Ana Luiza Cordeio com as árvores de livros, na Avenida Rio Branco
Ana Luiza Cordeio com as árvores de livros, na Avenida Rio Branco
Novo local Na semana passada a professora levou seu projeto a um novo local, desta vez em frente ao Residencial Aguapeí, na Avenida Rio Branco, uma região de grande circulação de veículos e pedestres. Nessa região, Ana Luiza encontrou uma sequência de árvores de pequeno porte, o que facilita pendurar os livros, bem como o acesso, em especial pelas crianças. "Elas mesmas retiram e ficam encantadas”, comemora.
Mateus Mantovani, 7 anos, foi o primeiro a retirar e é assíduo na árvore. A avó dele mora na rua da casa da professora Ana Luiza
Mateus Mantovani, 7 anos, foi o primeiro a retirar e é assíduo na árvore. A avó dele mora na rua da casa da professora Ana Luiza

Redação Siga Mais

HUM TUPÃ

Compartilhe:

Receba Notícias do TupãCity pelo Whatsapp


Participe dos nossos grupos

Fique informado em tempo real sobre as principais notícias de Tupã e região.

Instagram