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Os funcionários dos Correios decidiram que entrarão em greve a partir de 18 de agosto. A paralisação é uma resposta à possível perda de direitos trabalhistas da categoria. Os cortes são defendidos pelo presidente da estatal, o ex-ministro Floriano Peixoto, que chamou os direitos de "benefícios”. "Tem benefícios extra-CLT, e a gente entende que são bastante diferenciados dentro da realidade brasileira. Tem de ficar clara a diferença entre direitos e benefícios”, disse Floriano em entrevista à revista Veja. A decisão do governo foi motivada pela crise financeira provocada pela pandemia da covid-19. Segundo o Executivo, a grave pode agravar ainda mais o problema. Os cortes ainda dependem de aprovação, mas devem reduzir o adicional de férias e o adicional noturno dos funcionários, além de diminuir os valores pagos na licença maternidade. A indenização por morte ou invalidez e o pagamento de multas também estão na lista de cortes. A economia seria de R$ 600 milhões, estima a companhia. "É o pacote da maldade”, classificaram os funcionários, que tentaram negociar as medidas com a diretoria dos Correios, sem sucesso. Com a falta de consenso no diálogo, a categoria decidiu então adotar a greve por tempo indeterminado. A empresa atribui os protestos a uma "confusão nos empregados” causada por 1 desencontro de informações sobre a revisão dos direitos. Para os Correios, é uma "reação imprópria”. "Certa do compromisso e da responsabilidade de seus empregados com a população e o país, espera que a adesão a uma possível paralisação, se houver, seja ínfima e incapaz de prejudicar o serviço postal e os brasileiros”, completou a estatal em comunicado. A Fentect (Federação Nacional dos Trabalhadores da Empresas de Correios e Telégrafos e Similares) rebateu em nota as afirmações: "Trabalhadores dos Correios têm os menores salários entre todas as estatais, com o início de carreira de R$ 1,7 mil, enquanto a elite dos Correios vem praticando salários para indicações políticas. Apenas com o salário do presidente Floriano Peixoto, o custo anual chega a R$ 1.128 milhão”, disse o sindicato. O governo federal pode levar a questão para o TST (Tribunal Superior do Trabalho) para tentar impedir a paralisação, classificando-a como ilegal. Leia a nota na íntegra: NOTA À IMPRENSA TRABALHADORES DOS CORREIOS EXIGEM CONDIÇÕES SANITÁRIAS E LUTAM CONTRA RETIRADA DE DIREITOS Federação orienta deflagração de greve nacional a partir do dia 18 de agosto. Ao contrário do alardeado pela direção dos Correios, em reuniões realizadas desde o início de julho, a empresa vem negando em negociar com os trabalhadores e não apresentou NENHUMA contra proposta à pauta de negociações enviada pela categoria. A empresa vem computando lucro com o crescimento vertiginoso do e-commerce no Brasil, principalmente agora em decorrência da pandemia, utilizando do empenho dos trabalhadores que expõem as suas vidas e de suas famílias para garantir a logística das entregas e manter o funcionamento da economia nacional. Vale lembrar que a direção dos Correios desde o início da crise sanitária NÃO CUMPRE com as medidas mínimas de segurança à saúde do trabalhador. Em muitas agências ainda não há equipamentos adequados, sabonete líquido para uso dos funcionários, desinfecção dos ambientes e álcool em gel. A Federação e seus sindicatos filiados tiveram muitas vezes que travar lutas judiciais para garantir o mínimo de condição para não expor os funcionários, muito menos clientes. Isso por si só demonstra a má fé e a negligência da empresa para com os trabalhadores. Resultado disso é o crescente número de casos de infectados e óbitos dentro da categoria, dados, aliás, que a empresa SE NEGA a divulgar oficialmente. Sobre a campanha salarial, ao contrário da orientação do governo, alegada em nota pelos Correios, os gastos seguem à rodo entre os órgãos e Exército brasileiro, que comanda por meio do General Floriano Peixoto, os Correios. São inúmeras matérias e denúncias em torno de gastos excessivos e ações que burlam a ética e a transparência de gastos públicos e rompem com o conceito de "reequilíbrio financeiro" alegado pela empresa. Mesmo com a crescente de pelo menos 30% no e-commerce, a empresa manipula dados e joga a mídia e a população contra a categoria, que vem atuando de forma essencial na entrega de encomendas, de medicamentos, entre outros. Os Correios não se preocupam NEM COM A VIDA DOS TRABALHADORES, MUITO MENOS DE SEUS CLIENTES, nas inúmeras agências pelo o Brasil que não atendem condições sanitárias, inclusive o que gera medo entre a categoria com a interiorização do Coronavírus no país. Sobre o plano de saúde, a empresa JÁ REDUZIU a sua participação no plano e AUMENTOU a participação dos trabalhadores, que tem como base nacional pífio salário de R$ 1.700. Contracheques à disposição para devida comprovação. A empresa também não atua com a verdade ao falar que tenta exaustivamente negociar. Tanto que não apresentou contraproposta e encerrou as negociações na semana passada. A empresa ludibria novamente a população e mídia ao afirmar que não pretende suprimir direitos. JÁ O FEZ. A partir de hoje, foram SUPRIMIDOS 70 cláusulas do atual Acordo Coletivo retirando direitos como 30% do adicional de risco do salário. Seria o fim do ticket nas férias, fim do anuênio, fim da licença maternidade de 180 dias e fim do auxílio creche, entre muitos outros. A luta dos trabalhadores, que expõem a própria vida e de seus familiares para oferecer um serviço essencial à população, é pela dignidade, por direitos e pela vida. Desde o início da pandemia, a FENTECT e seus sindicatos filiados travam na Justiça uma luta pela saúde dos trabalhadores. A Federação ainda teve que lutar e garantir na Justiça, junto aos sindicatos filiados, medida que os Correios tentaram derrubar por várias vezes o que por si só já demonstra a má fé e negligência, o afastamento daqueles trabalhadores que coabitam com grupos de riscos ou que possuem filhos em idade escolar, assim como a obrigatoriedade em unidades da federação de testagem de funcionários em locais onde um ou mais trabalhadores testaram positivo. Apesar disso, a categoria ainda aguarda uma proposta digna, que nunca chegou sequer a ser cogitada pela empresa, e que possa nos fazer avaliar e voltar a assinar um acordo coletivo que contemple a necessidade dos trabalhadores. Lembramos que há um claro intuito de jogar a categoria contra a população, desgastando a imagem dessa empresa secular, com importante função social, de integrar o Brasil de norte à sul, para abrir caminho para a privatização da estatal, planejamento inclusive já alardeado inúmeras vezes por Jair Bolsonaro, Paulo Guedes e General Floriano Peixoto. Os Correios, graças ao trabalho e empenho dos ecetistas, figura como uma das maiores operadoras logística do segmento do e-commerce no Brasil, tendo mostrado toda a importância para a economia do micro, pequeno e médio empresários. O mínimo que se pede como retorno, das encomendas que cresceram mais de 30%, e uma empresa que gera lucro, é o respeito à vida e à saúde dos trabalhadores e dignidade. Enquanto atacam os trabalhadores alegando que auxílio alimentação e licença maternidade são abusos, diversas denúncias de apropriações indevidas e privilégios por parte de militares e governo são divulgadas diariamente na mídia. Diante da intransigência da empresa, da proposta de RETIRADA de direitos e da negligência com a vida e saúde do trabalhador ecetista, a FENTECT, que representa mais de 60 mil trabalhadores em todo o país, em nova reunião realizada ontem para unificação das bases, orienta a realização das assembleias no dia 17 de agosto e a necessidade de deflagração da greve a partir das 00h do dia 18 de agosto. Todos as unidades da federação já encontram-se em INDICATIVO DE GREVE. Correios, um patrimônio do povo brasileiro.✊ Assessoria de Comunicação FENTECT

Poder 360

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