Em Tupã, paralisação dos Correios é de 70% e deve afetar entregas
19/08/2020
Em cidades como Parapuã, Osvaldo Cruz, Herculândia, Iacri e Quintana, a paralisação dos funcionários chega a 100%
A greve dos funcionários dos Correios já afeta 70% do Centro de Distribuição da empresa estatal em Tupã. De acordo com Reginaldo Essêncio, representando o SINDECTEB (Sindicato dos Empregados da ECT de Bauru e Região) em Tupã, em cidades como Parapuã, Osvaldo Cruz, Herculândia, Iacri e Quintana, a paralisação dos funcionários chega a 100%, já em Bastos, o número é de 80%. "O que está funcionando normalmente é a parte administrativa, que é separada do Centro de Distribuição. A distribuição não está funcionando normalmente. Entre 70% e 75% dos funcionários estão parados", afirmou. "Inclusive o caminhão que vem com a entrega pode nem vir hoje para Tupã. E vou além: para a parte administrativa funcionar normalmente, teria que ter caminhões chegando em Tupã para que houvesse distribuição das encomendas e correspondências, o que não está acontecendo. Estamos parados desde segunda-feira às 22h", explicou em entrevista à Rádio Nova Tupã. Entenda Funcionários dos Correios iniciaram, na noite desta segunda-feira (17), uma greve nacional por tempo indeterminado. Segundo a Federação Nacional dos Trabalhadores em Empresas dos Correios e Similares (Fentect), parte dos trabalhadores decidiu cruzar os braços em protesto contra a proposta de privatização da estatal e pela manutenção de benefícios trabalhistas. A categoria também reivindica mais atenção, por parte da empresa, quanto aos riscos que o novo coronavírus representa para os empregados. De acordo com a Fentect, entre os benefícios suspensos com a decisão da empresa estão o vale alimentação; auxílio creche; adicional de risco de 30%; licença maternidade de 180 dias; indenização por morte; auxílio para filhos com necessidades especiais; pagamento de adicional noturno e horas extras, entre outros. Os trabalhadores também temem pela possibilidade de privatização dos Correios. E lembram que, para minimizar os riscos de contágio pelo novo coronavírus, tiveram que recorrer à Justiça a fim de garantir o fornecimento de equipamentos de segurança, alcool em gel, testagem e afastamento dos empregados que fazem parte de algum grupo de risco, bem como daqueles que moram com crianças em idade escolar ou com outras pessoas que integram algum grupo de risco. "A direção da ECT buscou essa greve. Retirou direitos em plena pandemia e empurrou milhares de trabalhadores a uma greve na pior crise que o país vive”, afirma o secretário-geral da Fentect, José Rivaldo da Silva, em nota divulgada pela federação. "Lutamos pelo justo. Lutamos para que as nossas vidas e empregos sejam preservados.”
Redação Tupacity
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