Com as atividades suspensas há dois meses, por causa da pandemia do novo coronavírus (Covid-19), o Albergue Noturno, mantido pelo Rotary Clube de Tupã, já estuda uma nova forma de atendimento.
O atual presidente do projeto, José Vanderlei Alves Teixeira, disse que a suspensão dos atendimentos foi tomada em conversações do clube de serviço que, inclusive, atendeu solicitação da Prefeitura de Tupã. "A prefeitura até mesmo disponibilizou um hotel para abrigar os moradores de rua”, destacou.
Teixeira ressaltou que o Rotary Clube de Tupã já estuda a retomada dos atendimentos do Albergue Noturno, ainda que de forma limitada. "Podemos atender até 14 pessoas por dia, mas a proposta é limitar para 7”, afirmou o presidente do projeto, ao explicar que ainda não há uma data definitiva para a retomada dos atendimentos.
Teixeira destacou a preocupação que o clube de serviço possui em relação aos cuidados oferecidos aos assistidos, que deverão obedecer às normas de distanciamento social e higienização. "Vamos pensar em questões de fornecimento de máscaras e álcool em gel para os abrigados”, afirmou.
Vale lembrar que, em situações normais, o abrigo tem capacidade para receber até 12 pessoas, mas recebe 8 em média.
Assistência Social
A Prefeitura de Tupã recebeu no mês de junho um crédito especial do Ministério da Cidadania que permitiu que a administração municipal reservasse quartos em um hotel da cidade para acolher pessoas em situação de rua. O valor do recurso repassado é de cerca de R$ 400 mil.
Para cumprir as determinações da portaria a esse grupo vulnerável, a Secretaria de Assistência Social fez uma triagem desses moradores em situação de rua.
Rescisão
Apesar do trabalho iniciado pela prefeitura com o novo projeto, a secretária Municipal de Assistência Social, Patrícia Fernandes, disse que o Hotel dos Viajantes, que foi contratado, encerrou o contrato com a Prefeitura de Tupã no dia 31 de agosto. "A empresa não quis mais acolher os moradores de rua e nem mesmo renovar contrato”, afirmou.
A secretária disse que a prefeitura tentou firmar um novo contrato com o Hotel Mozini, mas também não houve acordo. "Eles acolheram um casal durante uma noite. Mas depois de algumas reclamações, eles nos ligaram dizendo que não iriam formalizar o contrato com a prefeitura”, disse. "Então, estamos sem hotel para atender os moradores de rua. Estamos tentando achar um outro hotel, mas não conseguimos, não sendo possível dar continuidade nesse trabalho”, acrescentou.
Patrícia explicou que o contrato que a prefeitura tinha com uma empresa para fornecimento de marmitas também foi encerrado. "Tínhamos feito isso, por um período de três meses, mas esse período venceu”, salientou.
Serviço de acolhimento
A prefeitura disse que ainda possui Serviço de Acolhimento em República, inaugurado pela atual administração em setembro de 2019. O Serviço de Acolhimento em República continua abrigando pessoas de 18 a 59 anos que viviam na rua e que estão em fase de reinserção social.
Jornal DIário
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