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A Prefeitura de Presidente Prudente anunciou nesta quinta-feira (1º) que as atividades escolares na rede municipal de ensino serão mantidas de forma remota até o fim deste ano. Já na rede particular, desde o ensino infantil até o médio, bem como nas unidades de ensino médio na rede estadual, a retomada das atividades presenciais será de forma facultativa, ou seja, por opção dos responsáveis pelos alunos. Em ambos os casos, o retorno poderá ser iniciado a partir da próxima quarta-feira (7) com cumprimento de todos os protocolos de segurança e higiene contidos no Plano São Paulo. O decreto municipal deverá ser publicado nesta sexta-feira (2). O assunto foi tratado em reunião realizada nesta quinta-feira (1º), na sede do Sistema de Previdência Municipal (Prudenprev), e, de acordo com a secretária municipal de Educação, Sônia Pelegrini, 86% dos pais dos mais de 19,2 mil alunos da rede municipal de ensino afirmaram, em uma consulta aberta pela Prefeitura, que não levariam os filhos à escola. Já os outros 14%, segundo a secretária, se referem ao ensino fundamental dos anos finais. Na educação infantil, conforme a consulta feita pela Secretaria Municipal de Educação (Seduc), quase 100% dos pais apontaram que não levariam as crianças às escolas, até mesmo em razão de o Plano São Paulo não permitir o funcionamento em período integral, mas somente pela metade do período parcial, o que resultaria em 2h30 de permanência nas unidades de ensino. "Não resolveria o problema da mãe e, se tivermos de atender 30% a cada dia, a criança iria duas vezes por semana à escola para ficar por 2h30. Assim, por exemplo, a mãe que depende do transporte público teria de esperar o aluno para levá-lo embora”, explicou. A secretária reforçou ainda que, na educação infantil, a maioria dos pais não levaria as crianças à escola porque é o período integral que interessa para as mães que trabalham. "Essas que trabalham já se organizaram com as crianças. Se estivéssemos em maio ou junho, todas gostariam de voltar, mas em outubro não querem mais porque já se organizaram”, salientou Sônia. Além disso, a secretária apontou as diferenças entre as redes municipal e particular que fizeram com que as atividades presenciais fossem suspensas somente nas unidades de responsabilidade da Prefeitura. "Boa parte das crianças vai para escola para se alimentar. Como não podemos fazer merenda, teríamos de comprar merenda seca, que são produtos que não compramos porque somos proibidos de comprar alimento industrializado. Dessa forma, teríamos de comprar bolacha e iogurte para entregar à criança, e isso não resolveria o problema. Também não poderíamos suspender as cestas básicas que são oferecidas com verba do Programa de Alimentação Escolar às 5.400 famílias de alta vulnerabilidade”, acrescentou. A secretária ressaltou ainda que na rede particular as escolas podem solicitar utensílios próprios aos alunos, como garrafinha, caneca e alimentos, além de os estudantes poderem fazer a refeição em sala de aula, cada um na sua carteira, "o que não funciona na rede pública”. A reunião contou com a presença do promotor de Justiça Grupo de Atuação Especial de Educação (Geduc), Marcos Akira Mizusaki, e de representantes de escolas estaduais e particulares.

G1

cabonnet

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