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A estudante Ana Cláudia da Silva Assis, de 27 anos, moradora em Lucélia e atualmente no segundo termo do curso de medicina do Centro Universitário de Adamantina (UniFAI) recorreu a uma vaquinha virtual para tentar continuar nos estudos. Sua iniciativa ganhou destaque e repercussão após a história ter sido publicada pelo perfil @estudantesninja, no Instagram. Ana Cláudia tem uma graduação, em biomedicina estética. Essa foi sua segunda opção. Quando passou no processo de seleção ganhou a bolsa e fez o curso. Mas nunca desistiu do sonho em cursar medicina.

A estudante Ana Cláudia da Silva Assis (Reprodução: @estudantesninja)
A estudante Ana Cláudia da Silva Assis (Reprodução: @estudantesninja)
Segundo o @estudantesninja, Ana nasceu após uma gestação de risco, em razão da idade da mãe. Depois, aos cinco anos, ficou sem pai, que foi embora e não fez mais contato. "Ela sempre teve o sonho de fazer medicina, tentou algumas IES públicas, mas não conseguiu. Foi quando sua mãe ficou extremamente doente, com estimativa de vida de até seis meses. Então, Ana passou no vestibular de segunda opção, biomedicina, ganhou uma bolsa e foi fazer”, descreve. Ana concluiu biomedicina estética e iniciou sua inserção no mercado, e enquanto algumas portas se abriram outras se fechariam. Em 2020 ela passou no vestibular de medicina da UniFAI. Com suas economias conseguiu arcar com o primeiro semestre, alimentada ainda pela expectativa de que pudesse acessar um programa de bolsa de estudos da UniFAI, cujas informações havia buscado anteriormente, e se via com perfil apto a pleitear o benefício. O problema surgiu durante o primeiro bimestre do curso, quando as regras do programa de bolsa foram alteradas pela reitoria da UniFAI. A instituição configurou o pré-projeto de lei e encaminhou ao prefeito, com as propostas de mudanças na legislação vigente. Depois disso, o projeto de lei, com as alterações, foi então apresentado pela Prefeitura de Adamantina à Câmara Municipal, onde foi votado e aprovado, se transformando na Lei Municipal Nº 3.971, de 26 de março de 2020. A nova lei mudou os critérios socioeconômicos de seleção dos candidatos às bolsas de 50%. A partir de uma fórmula de cálculo, os critérios ficaram ainda mais seletivos. Outros aspectos trazidos na nova lei são a exigência de renda que permita custear a outra metade da bolsa e a impossibilidade de atender aqueles estudantes que já tenham uma graduação concluída, ou que fossem egressos do ensino médio cursado em escolas particulares (exceto quando se comprovar ter sido contemplado com bolsa de estudo, nessa fase). Para muitos estudantes, as novas regras se tornaram excludentes e restritivas. "O que ela não contava era que a sua universidade UniFAI, por ser uma autarquia municipal, poderia logo após a sua entrada mudar uma lei, que proibisse que ela ganhasse a bolsa de estudo concedida pela IES, por ser ela formada. Ela também não contava com a pandemia, que atingiu sem nenhum impedimento seu trabalho e única fonte de renda, impossibilitando- a de arcar com o curso”, narra o @estudantesninja. O perfil no Instagram cita ainda que a mãe da estudante, com o prognóstico que traçou uma expectativa de seis meses, diante da sua doença, está viva. Em razão dos cuidados que a mãe exige, a filha mora com ela. "Sua mãe, confundindo o entendimento humano, continua viva, e com 68 anos, mas por conta de sua grave patologia, foi impedida de morar sozinha. Ana por ser filha única, tem que morar com a mãe. E isso a impede de mudar-se de instituição”, finaliza o @estudantesninja, que informa e divulga o lançamento de uma campanha de financiamento colaborativo pela ferramenta Vakinha. A meta é arrecadar R$ 300 mil. Acesse aqui para doar.

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