Acusado de matar a ex-mulher a facadas em Tupã vai a júri nesta segunda-feira
09/11/2020 Crime aconteceu em agosto de 2017 e a vítima, a bancária Débora Goulart, foi atacada quando chegava em casa do trabalho pelo o ex, Ailton Basílio. Após ficar mais de um mês foragido, ele foi preso no RJ.
O homem acusado de matar a ex-mulher a facadas em agosto de 2017, em Tupã (SP), vai ser julgado pelo Tribunal do Júri nesta segunda-feira (9), três anos após o crime. O júri está previsto para às 9h30 no fórum da cidade.
Aílton Basílio é acusado de matar a bancária Débora Goulart, na época com 34 anos, com três facadas no peito. Aílton e Débora foram casados por 10 anos e, segundo as investigações, ele não aceitava o fim do relacionamento.
No dia do crime, em 21 de agosto de 2017, ele atacou Débora quando ela chegava em casa após o trabalho. Depois do crime, fugiu com o carro da vítima.
Imagens registraram o veículo na Rodovia Comandante João Ribeiro de Barros e uma testemunha viu o carro estacionado na rodoviária de Maringá (PR).
A partir daí, a equipe da Delegacia de Investigações Gerais (DIG), comandada pela delegada Milena Davoli, começou a seguir as pistas para localizar o acusado.
Aílton acabou preso no dia 27 de setembro de 2017 em uma pousada em Terezópolis, na região serrana no Rio de Janeiro, após ser flagrado por câmeras de segurança do aeroporto de Foz do Iguaçu, onde pegou o voo para o Rio de Janeiro.
O acusado permanece preso na cadeia de Lutécia desde sua transferência, no dia 30 de agosto. No dia em que foi preso ele confessou para a delegada que matou Débora mas não explicou os motivos. Durante o depoimento na delegacia, ele permaneceu em silêncio.
Crime premeditado
Desde início das investigações, o ex-marido de Débora foi apontado pela polícia como principal suspeito, pois testemunhas afirmaram que ele foi a última pessoa que ela viu ainda viva. A digital do suspeito também foi encontrada na faca com sangue utilizada no crime. Aílton fugiu e deixou a faca cravada no peito da vítima.
Segundo a delegada, há indícios de que o suspeito tenha premeditado o crime. Milena conta que Débora foi morta no dia do aniversário da mãe dela e, em depoimento à polícia, a mulher contou que dias antes do crime, os três estavam juntos e Débora lembrou que o aniversário da mãe estava chegando quando Aílton teria dito que daria um presente inesquecível para a sogra.
"Isso demonstra que ele estava planejando o crime. Além disso, amigas contaram que no dia do crime Débora chorou várias vezes no trabalho e chegou a dizer para elas que estava em pânico, com medo que algo acontecesse”, afirma.
No dia do crime, Aílton esperava a vítima na casa dela, segundo as investigações. Imagens da câmera de segurança que fica próxima a casa de Débora, registraram a bancária chegando em casa no dia 21 de agosto à tarde. E horas depois, Aílton saindo do imóvel e entrando no carro da vítima.
O corpo dela foi encontrado no dia seguinte, depois que duas amigas de Débora decidiram ir até a casa dela, pois ela não atendia as ligações. O caso gerou revolta dos familiares e amigos, que realizaram uma passeata no dia 26 de agosto.