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O governo de São Paulo colocou todo o estado na fase amarela do plano de flexibilização econômica. O anúncio foi feito durante coletiva de imprensa no início da tarde desta segunda-feira (30). "Com o claro aumento da instabilidade da pandemia, o governo do estado de São Paulo e o centro de contingência da covid-19, decidiram que 100% do estado de São Paulo vai retornar para a fase amarela do Plano São Paulo. Essa medida, quero deixar claro, não fecha comércio, nem bares, nem restaurantes. A fase amarela não fecha atividades econômicas, mas é mais restritiva nas medidas para evitar aglomerações e o aumento do contágio da Covid-19", disse o governador João Doria (PSDB).

Com a medida, seis regiões que estavam na fase verde, a menos restritiva, entre elas a capital paulista, regridem e devem voltar a reduzir o funcionamento de comércios e serviços. As demais 11 regiões, que já estavam na fase amarela, não avançam e seguem no mesmo estágio. A atualização da reclassificação foi divulgada menos de 24 horas após as eleições municipais e só foi permitida por conta de novas alterações feitas nas regras do plano. De acordo com os dados do governo, a cidade de São Paulo e municípios da Grande São Paulo têm atualmente índices compatíveis com medidas ainda mais restritivas, compatíveis com a fase laranja da proposta. O que muda no retrocesso da fase verde para amarela: - Estabelecimentos de todos os setores ficam com capacidade limitada a 40%, funcionamento máximo de 10 horas por dia e com horário de funcionamento limitado até as 22 horas; - Eventos com público em pé passam a ser proibidos; - De acordo com o Plano São Paulo, cinemas, teatros e museus podem permanecer abertos na fase amarela. No entanto, as prefeituras têm autonomia para decidir o que e quando deve reabrir. Na capital paulista, o prefeito Bruno Covas (PSDB) determinou que a abertura dos setores da cultura só ocorreria quando a cidade estivesse na fase verde. - Na fase amarela é permitida a abertura de instituições de ensino públicas e privadas do estado. Portanto, as escolas permanecerão em funcionamento. "Essa mudança para a fase amarela não altera a programação de volta as aulas e as escolas não serão fechadas", disse Doria. O governador também anunciou que o tempo de análise de dados deixará de ser a cada 28 dias e passará a ser a cada 7 dias. No entanto, a próxima reclassificação ordinária está agendada para o dia 4 de janeiro. "O centro de contingência decidiu também diminuir o tempo de análise de dados de 28 em 28 dias, para 7 em 7 dias, como já fez anteriormente. É uma medida de prudência que estamos tomando para retomar o controle da pandemia", disse Doria. Regridem para a fase amarela: - Grande SP inteira, incluindo capital - Taubaté - Campinas - Piracicaba - Sorocaba - Baixada Santista Permanecem na fase amarela: -Araraquara -Araçatuba - Bauru - Franca - Marília - São João da Boa Vista - São José do Rio Preto - Presidente Prudente - Ribeirão Preto - Registro - Barretos Histórico Na semana passada, o governo admitiu que o comitê de saúde tinha recomendado um aumento nas restrições de circulação no estado para combater o avanço do coronavírus. Apesar do alerta, a decisão foi postergada para ser feita somente após o segundo turno das eleições municipais. O Centro de Contingência contra Covid-19 é um grupo composto por 20 profissionais da área da saúde, entre eles João Gabbardo, secretário-executivo do comitê. As internações por Covid-19 apresentaram alta pela segunda semana seguida, segundo dados divulgados na última segunda-feira (23). Houve um aumento de 17% nas internações entre os dias 15 e 21 de novembro, após aumento de 18% na semana anterior, de 8 a 14 de novembro. Os dados mostraram, portanto, que esse número aumento mesmo na comparação com um período anterior que já havia apresentado índices em elevação. Apesar disso, o governo apresentou nesta quinta dados incompletos, comparando apenas quatro dias da semana atual com os sete dias da última semana epidemiológica. Plano SP A reclassificação das regiões do estado de São Paulo no plano de reabertura da economia durante a pandemia do coronavírus estava prevista para acontecer no dia 16 de novembro, mas foi adiada para esta segunda-feira (30). À época, a gestão estadual justificou a mudança no apagão de dados que gerou instabilidade do sistema Sivep-Gripe do Ministério da Saúde no dia 5 de novembro. Na ocasião, o Governo do estado de São Paulo chegou a ficar cinco dias sem atualizar os dados da Covid-19. O Plano São Paulo regulamenta a quarentena em todo o estado, classifica as regiões do estado em cores, determinando quais locais podem avançar nas medidas de reabertura da economia. Os critérios que baseiam a classificação das regiões, são: - Ocupação de leitos de Unidade de Terapia Intensiva (UTIs); - Total de leitos por 100 mil habitantes; - Variação de novas internações, em comparação com a semana anterior; - Variação de novos casos confirmados, em comparação com a semana anterior; - Variação de novos óbitos confirmados, em comparação com a semana anterior. - Na fase verde também é considerado óbitos e casos para cada 100 mil habitantes. - Regiões que atingirem as fases 3 (Amarela) ou 4 (Verde) permanecerão nessas fases desde que tenham indicadores semanais inferiores a 40 internações por Covid-19 a cada 100 mil habitantes e 5 mortes a cada 100 mil habitantes.

G1

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