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Em 2020, o debate sobre o racismo ganhou ainda mais destaque após o assassinato de George Floyd, homem negro morto por asfixia nos EUA após um policial branco imobilizá-lo ajoelhando em seu pescoço. No Brasil, a morte de João Alberto Freitas, de 40 anos, também causou comoção e revolta após ele ser espancado por seguranças do supermercado Carrefour, em Porto Alegre (RS) e morrer devido aos ferimentos. Conhecer os dois casos pode trazer repertório aos alunos que vão fazer o Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) 2020, segundo professores ouvidos pelo G1, mas isso não significa que a prova vai cobrar conceitos específicos destas mortes.

13 de junho - Em Londres, manifestantes gesticulam e gritam durante um protesto do  Black Lives Matter  após a morte de George Floyd, nos EUA. — Foto: Simon Dawson/Reuters
13 de junho - Em Londres, manifestantes gesticulam e gritam durante um protesto do Black Lives Matter após a morte de George Floyd, nos EUA. — Foto: Simon Dawson/Reuters
Nesta quarta (16), o G1 publica a terceira reportagem da série "Cai no Enem". Além do racismo, abordado neste texto, é possível saber como a pandemia, o desmatamento e a seca podem aparecer na prova. Clique nos links abaixo e saiba mais: "No Enem sempre aparecem questões sobre diversidade cultural, discussão racial, memória e história. Você pode pendurar tudo em movimentos como o Black Lives Matter, a morte do Geroge Floyd, os protestos contra símbolos ou marcos históricos que hoje são interpretados como racistas", explica André Freitas, do Sistema pH. "Há habilidades competências que o Enem cobra que tangenciam temas transversais. O repertório é importante, mas a competência do aluno em analisar uma situação-problema real e propor uma resposta correta, não muda muito com o assunto que cair", reflete Freitas. Segundo o professor, outro tema recorrente no Enem é desigualdade social. "Tivemos notícias recentes sobre aumento da pobreza e desigualdade no Brasil. Houve a discussão do cadastro emergencial em que se descobriram os invisíveis . Mas o tema não é só deste ano. De 2015 para cá, houve o aumento da pobreza e da desigualdade", explica. Por isso, é provável que questões já pré-testadas caiam na edição de 2020. "Apesar de ser tema complexo, que se propõe discussões interessantes sobre pobreza e desigualdade no Brasil, às vezes a questão da prova é sobre interpretação de gráficos: basta o aluno ter a competência e a habilidade para, analisando dados a partir de um gráfico, interpretar um fenômeno", afirma Freitas. O Enem 2020 será em 17 e 24 de janeiro (impressa) e 31 de janeiro e 7 de fevereiro (digital). Para se preparar para as "atualidades" que são cobradas na prova, alunos devem ficar atentos: Saiba como é feito o Enem: as questões que compõem o exame precisam ser pré-testadas, ou seja, elas "caem" em outras provas para que se conheça o nível de dificuldade de cada questão. Depois de testadas, elas entram no Banco Nacional de Itens (BNI) e são escolhidas aleatoriamente para cada exame. Este processo leva tempo, o que torna muito difícil que um acontecimento do segundo semestre de 2020 caia na prova, por exemplo "Atualidade" não é sinônimo de "notícia de hoje": um tema atual pode estar sendo discutido na sociedade há alguns anos, como é o caso do racismo. Caso o tema apareça no Enem 2020, os alunos poderão associar com movimentos como Black Lives Matter . Identifique as habilidades e competências por trás de um fato: a notícia em si não vai ser cobrada no Enem, então não será preciso saber, por exemplo, em que cidade norte-americana aconteceu o assassinato de George Floyd. É mais provável que a prova cobre temas mais abrangentes sobre o racismo e negritude.

G1

HUM TUPÃ

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