Na última quinta-feira (17), o vereador Tiago Matias, que não conseguiu se reeleger para a Câmara dos próximos quatro anos, protocolou uma denúncia do Tribunal Regional Eleitoral (TRE), pedindo a cassação da vereadora eleita Claudinha do Povo, porque a mesma teria feito boca de urna nas eleições municipais. Leia mais: Tiago Matias faz denúncia no TRE contra vereadora eleita, Claudinha do Povo. Mas, diferente do que o vereador Tiago Matias pretendia, que Claudinha do Povo fosse afastada do cargo imediatamente, o juiz da 143º Zona Eleitoral, Guilherme Facchini Bocchi Azevedo, indeferiu a liminar e destaca que não há como antecipar quaisquer sanções eleitorais, antes de a vereadora ser de fato investigada. "Na espécie, a parte autora afirma que a representada teria aliciado votos de eleitores mediante a oferta/promessa de pagamento de valor em espécie. Destarte, com o efetivo exercício do contraditório, e com a produção das provas em juízo, serão aquilatadas as circunstâncias fáticas acerca da imputada prática da conduta punível, a legitimidade da conduta, bem como a finalidade caracterizada na real intenção. Ou seja, somente com o desenrolar do processo serão melhor avaliados os pressupostos que devem estar presentes para a existência de infração eleitoral, afigurando-se, por ora, açodada a antecipação de qualquer das sanções eleitorais”. Sendo assim, o juiz afirma que Claudinha do Povo tem direito de defesa e que as acusações não preenchem os pressupostos legais necessários para cassar a vereadora. Especulações Existem muitas especulações diante do caso, isso porque Claudinha do Povo e Tiago Matias são do mesmo partido, o Progressistas (PP). Tiago Matias não conseguiu se reeleger para a Câmara de 2021-2024 e é suplente de Claudinha do Povo. Sendo assim, caso a vereadora fosse afastada do cargo e se tornasse inelegível, ele assumiria seu lugar no Legislativo Municipal.
Redação TupãCity
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