Um estudo divulgado no mês passado pelo Centro de Integração de Dados e Conhecimentos para Saúde (Cidacs), classificou o município de Tupã na 207ª posição no âmbito estadual da desigualdade social.
O ranking tem como base o Índice Brasileiro de Privação (IBP), que leva em conta os níveis de privação material da população de cada município do País.
São considerados fatores como o percentual de pessoas analfabetas com mais de sete anos, percentual de pessoas com renda per capita abaixo de meio salário mínimo e percentual da população vivendo em habitações inapropriadas.
Alguns municípios paulistas melhor colocados são Santos (4º lugar do Estado), São José do Rio Preto (14º), São Carlos (15º), Araraquara (17º), Franca (23º), Jaú (24º), Bauru (25º), Birigui (26º), Presidente Prudente (35º), Araçatuba (39º), Barretos (40º) e Lins (54º).
Na região, alguns municípios que conseguiram melhor posicionamento são Botucatu (63º lugar do Estado), Assis (66º), Dracena (68º), Lençóis Paulista (72º), Ourinhos (100º), Santa Cruz do Rio Paro (140º) e Andradina (167º).
Privação
O Índice Brasileiro de Privação, desenvolvido por pesquisadores do Cidacs e da Universidade de Glasgow, na Escócia, é capaz de medir as desigualdades sociais no Brasil.
O estudo mostra que a maior parte dos municípios com altos níveis de privação material estão nas regiões Norte e Nordeste.
Por outro lado, as cidades com menor nível de privação no Brasil estão nas regiões Sul e Sudeste. As capitais nordestinas também apresentam um nível de privação menor em relação aos municípios do interior dos seus respectivos estados.
Metade das pessoas do Nordeste e 40% no Norte habitam em áreas com maior privação, enquanto 30% das pessoas do Sudeste e 33% das que vivem no Sul estão em áreas com menor privação.
Diversas são as possibilidades de uso e potencialidades do IBP. No nível municipal, a privação material pode ser correlacionada aos indicadores de saúde com dados do Sistema Único de Saúde.
Algumas análises prévias mostram que a taxa de internação por condições sensíveis à atenção primária em crianças menores de um ano é maior nas áreas de maior privação, bem como as taxas de internação por gastroenterites também com crianças menores de um ano.
Por outro lado, a taxa de leitos hospitalares por mil habitantes é maior nas áreas com baixo nível de privação.
Diário Tupã
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