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As Faculdades FACCAT, em parceria com a Editora Companhia das Letras, iniciaram a segunda fase do Clube da Leitura. No primeiro encontro, os participantes discutiram o livro Maus ("rato", em alemão) que é a história de Vladek Spiegelman, judeu polonês que sobreviveu ao campo de concentração de Auschwitz, narrada pelo próprio ao filho Art. A obra é considerada um clássico contemporâneo das narrativas gráficas. Foi publicado em duas partes, a primeira em 1986 e a segunda em 1991. No ano seguinte, o livro ganhou o prestigioso Prêmio Pulitzer de literatura. A atividade do Clube da Leitura foi desenvolvida pela coordenadora do curso de Pedagogia, professora doutora Luciana Ferreira Leal, que é mediadora do projeto. "Lindo, emocionante. Doeu minha alma. Senti em mim a dor de Vladek, Anja e Artie. E, como num efeito catártico, senti piedade e comiseração. Expurguei minha alma e meu sentimento. Senti o amor de Vladek e Anja e também senti o meu amor. A vida sempre toma o partido da vida e as vítimas levam a culpa. Podia dizer tantas coisas de todas estas página lidas e sentidas, mas fico por aqui com as palavras de Samuel Beckett: ‘toda palavra é como uma mácula desnecessária no silêncio e no nada’", disse a professora Luciana Leal. Desde que foi lançado, o livro Maus tem sido objeto de estudos e análises de especialistas de diversas áreas - história, literatura, artes e psicologia. Em nova tradução, o livro foi relançado com as duas partes reunidas num só volume. Nas tiras, os judeus são desenhados como ratos e os nazistas ganham feições de gatos; poloneses não-judeus são porcos e americanos, cachorros. Esse recurso, aliado à ausência de cor dos quadrinhos, reflete o espírito do livro: trata-se de um relato incisivo e perturbador, que evidencia a brutalidade da catástrofe do Holocausto. Spiegelman, porém, evita o sentimentalismo e interrompe algumas vezes a narrativa para dar espaço a dúvidas e inquietações. É implacável com o protagonista, seu próprio pai, retratado como valoroso e destemido, mas também como sovina, racista e mesquinho. De vários pontos de vista, uma obra sem equivalente no universo dos quadrinhos e um relato histórico de valor inestimável. Participando pela primeira vez do Clube da Leitura da FACCAT, a professora de rede municipal e aluna do curso de pós em Educação Especial e da pós-graduação em Literatura e Ensino da FACCAT, Sueli Hamada Araki, destacou que o projeto é uma experiência ímpar de grande enriquecimento individual. "O interesse de integrar-me ao clube, se deve ao fato da oportunidade de ler livros que eu não escolheria independentemente e principalmente pela possibilidade de lermos o mesmo livro e discutirmos sobre, relatando opiniões, sensações e visões diferentes ou até mesmo iguais atrelados ao conhecimento prévio de cada leitor", contou. A professora da rede municipal e a aluna da pós-graduação em Literatura e Ensino, Daiane Cristina Ozan, também se surpreendeu com a proposta do Clube da Leitura. "Foi uma experiência incrível, sei que vou me surpreender a cada encontro, me senti comovida apenas de ouvir os comentários sobre o livro", disse.

Assessoria de Imprensa

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