Por falta de transporte, universitários temem precisar abandonar a faculdade

A Universidade de Marília (UNIMAR) vai retomar as aulas presenciais dos estudantes de cursos ligados à área da saúde no dia 3 de fevereiro. Entretanto, os alunos que moram em Tupã estão encontrando dificuldades para se deslocarem até a instituição. Ao todo, são 26 alunos dos cursos de Biomedicina, Educação Física, Enfermagem, Farmácia, Fisioterapia, Medicina, Nutrição, Odontologia e Psicologia, que reivindicam o transporte público. Uma aluna do último ano de Nutrição, que preferiu não se identificar, relatou à equipe do TupãCity.Com que, até o momento, a Prefeitura de Tupã não vai disponibilizar ônibus para os estudantes irem à universidade. Segundo ela, antes da pandemia, o ônibus era disponibilizado gratuitamente para os alunos tupãenses irem à universidade na cidade de Marília. "Cotamos um ônibus com uma empresa particular, que ficaria em torno de R$ 360 por mês para cada aluno. Este valor é inacessível para muitos estudantes, visto que muitos já pagam mensalidade na faculdade", relata a estudante. Vale destacar que a Unimar já está ciente da situação e informou que irá mandar um ofício para as prefeituras, porém, o transporte não é responsabilidade da instituição. A opção dada aos alunos seriam caronas ou trancar a faculdade, opções que são inviáveis para muitos dos estudantes. Durante a coletiva desta quarta-feira (27), o TupãCity.Com questionou o prefeito Caio Aoqui (PSD) sobre a situação dos alunos. O chefe do executivo alegou que a Vigilância Sanitária e o Corpo Jurídico da Prefeitura estão analisando a situação, porém, não há uma previsão de quando os alunos receberão a resposta. "A preocupação maior é por conta da contaminação e responsabilidade por isso. Ou seja, a gente pega um ônibus, coloca os alunos e leva até Marília, quem será o responsável caso tenha um contaminado que infecte os demais?", questiona. "Um ônibus seria suficiente para levar os alunos, porém, não teríamos como dar o distanciamento. Não sabemos se cada aluno assinaria um tempo de responsabilidade. A questão é que essa situação está sendo estudada ainda", concluiu. Vale destacar que o TupãCity.Com também solicitou uma nota da Prefeitura de Tupã sobre a situação. Mas, até o momento desta publicação não houve resposta. Caso o Executivo queira se manifestar, o espaço continua aberto.

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