Os motoristas da empresa Grande Marília , responsável por parte do transporte público da cidade, entraram em greve na manhã desta terça-feira (23) e não tiraram os ônibus da garagem.
A empresa atende principalmente a zona norte de Marília e a paralisação do serviço afeta cerca de 60 mil pessoas que dependem do transporte diariamente.
Os trabalhadores realizaram uma assembleia logo pela manhã, decidindo parar completamente por falta de pagamento dos salários. Segundo o sindicato da categoria, são 107 motoristas que estão com os braços cruzados, aguardando um posicionamento da empresa.
Eles cobram o pagamento dos salários referentes ao mês de janeiro. Ainda segundo o sindicato dos motoristas, apenas 40% do salário foi quitado. Os motoristas reclamam que além de não receber os 60% restantes, não receberam qualquer posicionamento da empresa sobre esse pagamento.
Em nota, a Grande Marília disse que lamenta a paralisação, mas com uma tarifa congelada desde março/2019, sem nenhum auxílio emergencial da prefeitura durante o período de pandemia e tão pouco uma avaliação quanto ao pedido de reajuste já protocolado, não há mais fluxo de caixa para o pagamento dos salários
Informou ainda que sem auxílio da prefeitura não há uma previsão para o pagamento. O prefeito de Marília, Daniel Alonso, está em Brasília (DF) e gravou um vídeo afirmando estar surpreendido pela ação dos motoristas e dizendo que esse não é um problema da prefeitura .
"Em primeiro lugar, deixar claro que isso não é um problema da prefeitura e muito menos do prefeito Daniel Alonso. Isso é um problema das empresas com seus funcionários, das empresas e suas obrigações, principalmente, de pagar os salários dos seus funcionários."
O chefe do poder executivo municipal também afirmou já ter sido procurado para ajudar financeiramente as duas empresas de transporte coletivo da cidade durante esse período de pandemia, mas diz que não pode retirar recursos de áreas como educação e saúde para ajudá-las.
"Em segundo lugar, fato é que nós reconhecemos que com a pandemia as empresas de transporte coletivo vem sofrendo muito, isto é fato. Desde março, as duas empresas de transporte coletivo vem nos procurando em busca de ajuda e subsídios, ou seja, de equilíbrio financeiro. O que significa isso, que a prefeitura deveria cobrir os prejuízos dessas empresas para que elas pudessem operar. Evidente que eu não tenho e jamais posso pegar recursos do municípios para ajudar essas empresas."
Durante o pronunciamento, o prefeito ainda disse que se as empresas não voltarem ao funcionamento normal, ele pode até mesmo suspender os contratos e acrescentou que não concorda e não aceita o aumento da tarifa do ônibus que as empresas querem fazer, já que a população vem sofrendo com a inflação e o desemprego durante a pandemia, atualmente o valor está em R$ 3,80 para R$ 6,50.
G1
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