"Meu mundo caiu", diz paciente da Covid sobre transferência para Tupã. "Mas encontrei anjos"
05/04/2021 "Chegando em Tupã, resumo que encontrei anjos. Equipe que não me deixou abater pela distância, com palavras de incentivo. Doutor Rennan Squariz Jiardulli prontificando-se e sua equipe em cada detalhe [...]", relata.
"Eu encontrei anjos". Com essa frase, a autônoma Cibele de Souza, de 46 anos, residente na Zona Oeste de Marília, resumiu ao JP os "eternos agradecimentos" à equipe de médicos, enfermagem e profissionais da saúde que a atenderam no Pronto Atendimento da Zona Sul, em Marília e equipe da Santa Casa de Tupã, para onde foi transferida após testar positivo para a Covid-19, em Marília, no dia 12 de março, em exames no Hospital da Unimar.
Ela se emociona e fica com a voz embargada ao relembrar o processo de tratamento. "Agradeço eternamente de coração a todos, porque não tem como explicar, é desesperador o que essa doença faz com a gente atingindo a saúde física e emocional. Na hora que você é comunicada da contaminação, é desesperador, é, na verdade, desumano, pois a gente não pode ter ninguém, ser tirada da sua família, você não pode ter ninguém, fica sozinha e ainda tem que lidar com o fato de ficar longe (no caso, em Tupã)", afirmou Cibele.
Ela disse que sempre tomou todos os cuidados de prevenção ao coronavírus, principalmente por ter o pai, Ederval Quintino, de 81 anos, com comorbidades. Cibele, que mora em um apartamento com a filha de 10 anos, no Jardim Cavallari, acredita que contraiu o vírus ao acompanhá-lo em uma cirurgia de emergência no Hospital das Clínicas de Marília.
No P.A Sul ela foi atendida diretamente pelo Dr. Luiz Gustavo, Leilaine Camargo e Ana Carolina Reis. Após receber o diagnóstico e recomendações, ficou em isolamento domiciliar. Mas a piora do estado de saúde dela foi rápido e no dia 16 ela foi socorrida pelo SAMU e encaminhada novamente ao P.A Sul, de onde foi transferida para a Santa Casa de Tupã, onde ficou por dez dias. Não chegou a ser intubada, ficando no processo de oxigênio.
"Como meu quadro de saúde complicado, fiquei no P.A aguardando vaga pelo sistema CROSS (órgão do Estado que regulamenta vagas em hospitais em cada região). Acredito que a minha transferência foi uma das últimas, antes de travar todo o sistema. Uma situação que apavora", lembra Cibele.
"Quando fui comunicada da transferência no P.A, meu mundo caiu. A palavra é pânico, porque você está sem a família, deixando a minha filhinha que nunca ficamos um dia separadas, e ainda ser levada da sua cidade. É desesperador o sentimento", relatou. Durante a internação em Tupã, a filha de Cibele ficou com os tios, Gilson Quintino e Márcia.
"Chegando em Tupã, resumo que encontrei anjos. Equipe que não me deixou abater pela distância, com palavras de incentivo. Doutor Rennan Squariz Jiardulli prontificando-se e sua equipe em cada detalhe. Nunca os meus agradecimentos serão no suficientes pelo tamanho da atenção, dedicação e carinho que recebi. Pelas mensagens bíblicas nos prontuários e nas tampas das marmitas que eram servidas na Santa Casa. Somente Deus para recompensá-los. Tive profissionais ao meu lado durante todo o tempo. A cura veio! Gratidão a Deus!", diz Cibele.. Ela disse que a transferência foi fundamental para sua recuperação e cura da Covid.