Com aumento dos óbitos, começa a faltar espaço para sepultamentos no Cemitério da Saudade
30/04/2021
A Prefeitura de Tupã busca agilizar o início da última ampliação do Cemitério da Saudade, em meio ao colapso funerário que se encontra o município. O número de mortes aumentou neste ano, devido ao avanço das contaminações causadas pelo novo coronavírus (Covid-19). O secretário Municipal de Obras e Trânsito, Valentim César Bigeschi, explicou que o "congestionamento" causado na demanda por sepultamentos foi ocasionado por uma soma de fatores registrados nos últimos dias. "Houve um aumento do número de mortes entre as famílias que não possuem túmulos (perpétua) em meio à baixa existência de carneras", ressaltou. "São dias com sucessivos aumentos de mortes", completou. O secretário destacou que a decisão judicial que afastou servidores também comprometeu os serviços funerários. "Dos 89 funcionários da secretaria, 65 estão afastados por determinação judicial. Tivemos que deslocar outros servidores que não são pedreiros de ofício para construção dos túmulos", explicou. Bigeschi admitiu que há falta de espaço para sepultamentos, mas explicou que a prefeitura está tomando providências em relação a esse problema. "Já iniciamos o processo para utilizar o imóvel aos fundos. O departamento jurídico entrou com liminar com pedido de posse para iniciarmos as construções", disse o secretário, ao explicar que o terreno de cerca de 5 mil metros quadrados, comprado da Legião Mirim, tem capacidade para construção de 1,8 mil túmulos na modalidade vertical. Bigeschi garantiu ontem que a última ampliação do cemitério possui ainda 22 espaços para construção de novos túmulos. "Temos pouco espaço no momento, isso é uma realidade. Mas ainda temos espaços no cemitério de Parnaso e espaço suficiente no Cemitério da Saudade para realizarmos esses últimos sepultamentos", afirmou. O secretário disse que o aumento do número de mortes nesta semana causou um "congestionamento" no serviço funerário, o que ocasionou atrasos nos sepultamentos. "Tivemos informações em cima da hora sobre esses sepultamentos. E com poucos funcionários, a construção dessas carneras demorou mais para acontecer. Mas todas as famílias foram atendidas", disse. Bigeschi explicou que a falta de funcionários fez com que a construção dos túmulos ocorresse de forma gradativa. "Não chegamos ao ponto de fazer como as grandes cidades, onde estão sendo abertas valas nos cemitérios para realizar esses sepultamentos em grande escala. Estamos seguindo as normas sanitárias e construindo esses túmulos para realizarmos os sepultamentos dentro das normas. E vamos continuar fazendo isso", ressaltou.
Diário Tupã
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