Explosivos deixados em ruas fazem Araçatuba parar após mega-assalto
30/08/2021 Criminosos fortemente armados invadiram a cidade e fizeram moradores reféns na madrugada desta segunda-feira (30). Dois moradores e um bandido morreram baleados.
O mega-assalto a agências bancárias de Araçatuba que terminou com três mortos, três detidos e cinco feridos na madrugada desta segunda-feira (30) mudou a rotina da cidade. Lojas, empresas, escritórios e escolas estão fechados pela ameaça de explosões de artefatos que a quadrilha espalhou pela cidade.
Segundo informações da Secretaria de Segurança Pública, 40 explosivos em 20 pontos da cidade foram deixados pela quadrilha. O Grupo de Ações Táticas Especiais (Gate) está no local para desarmar as bombas.
Várias ruas foram interditadas para evitar a circulação de pessoas, já que os artefatos estão equipados com sensores de proximidade, segundo a polícia.
Em um vídeo feito por uma câmera de segurança é possível ver um dos criminosos espalhando explosivo. No vídeo é possível ver que o artefato emite luzes de raio laser verde.
Um desses explosivos deixou gravemente ferido um morador de 25 anos que passava de bicicleta por um dos pontos. A polícia não sabe se ele apenas se aproximou de uma dinamite ou se chegou a tocá-la, mas o artefato explodiu e atingiu o homem, que teve os pés e os dedos das mãos amputados.
Impactos na cidade
O crime também interferiu na vacinação contra a Covid-19, pois um dos pontos de imunização ficou fechado. Como no município fica a sede do Departamento Regional de Saúde (DRS), não houve a distribuição de vacinas e Birigui cancelou a vacinação nesta segunda-feira.
O prefeito de Araçatuba, Dilador Borges, suspendeu as aulas nas escolas municipais; escolas estaduais também cumpriram a medida.
Em nota, a Prefeitura de Araçatuba afirmou que o transporte público vai operar durante todo o dia, mas com alteração nas rotas para evitar o Centro da cidade.
O município também lamentou o ocorrido e se colocou à disposição das famílias das vítimas e de moradores que foram usados como reféns.
Equipes foram disponibilizadas para realizar atendimento psicológico por meio dos telefones (18) 3624-5565, (18) 3637-1050 e (18) 99607-3897.
O CRAVI - Centro de Referência e Apoio à Vítima, entidade que atua em parceria com o Governo do Estado, também vai prestar apoio aos moradores pelos números (18) 3301-9751; (18) 9777-5771 e (18) 98143 -7074.