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O setor de alimentos foi o que mais cresceu durante a pandemia, após muitas famílias passarem a trabalhar na informalidade, com a falta de novas oportunidades no mercado de trabalho formal. Essa nova realidade fez aumentar o número de marmitarias em Tupã, e esse fenômeno pode ser observado em praticamente toda a cidade.

Setor de alimentos foi o que mais cresceu durante a pandemia de Covid-19 - Foto/Reprodução Diário Tupã
Setor de alimentos foi o que mais cresceu durante a pandemia de Covid-19 - Foto/Reprodução Diário Tupã
O empresário Marcos Reiner, que trabalha no setor há cerca de 11 anos, disse que na última década o município não contava com empresas específicas para atender apenas nesse segmento. "Esses serviços sempre foram feitos por restaurantes, mas não havia marmitaria com esse trabalho específico", afirmou. Segundo Reiner, a informalidade aumentou o surgimento de marmitarias na cidade. "Esses trabalhos começaram a ser realizados principalmente de forma familiar, onde muitos acreditam que não seja necessária uma profissionalização. Mas hoje o setor está cada vez mais exigente", disse. Reiner disse que o setor de marmitarias continua muito rotativo, com um grande número de abertura e de fechamento de empresas. "O Brasil é muito hostil com as empresas. É preciso saber precificar, manter a qualidade dos produtos e o equilíbrio nas contas", disse. "Muitas pessoas querem sair da informalidade, mas na hora de se formalizarem no setor encontram dificuldades", acrescentou. O empresário acredita que durante a pandemia o setor de marmitarias aumentou principalmente pela demanda de serviços de entrega. "Todo setor que possui delivery explodiu . O aumento que era para acontecer em dois ou três anos, ocorreu em seis meses. Não é somente uma questão da marmita em si. Mas todo o serviço que possui delivery aumentou sua demanda durante a pandemia", disse. O empresário destacou ainda que as empresas que possuem aplicativos foram as mais beneficiadas. "Hoje até quem não tinha tanta intimidade com os aplicativos, como no caso dos idosos, por exemplo, já estão sabendo fazer seus pedidos", salientou. Reiner explicou que nos últimos anos as marmitas deixaram de ser algo popular para cair no gosto de todas as classes sociais. "Antes as pessoas achavam que marmita era só para trabalhador braçal, caminhoneiro, pedreiro, entre outros. Hoje a marmita transita por todos os públicos", disse. Reiner explicou que sua marmitaria possui 67 cardápios. "Temos opções para todos os gostos e não somente um tipo de comida. Inclusive temos marmitas vegetarianas. Vemos que as pessoas estão muito mais preocupadas com a saúde e com a sua alimentação", afirmou. Reiner acredita que o mercado irá melhorar ainda mais nos próximos anos. O empresário destacou que um dos diferenciais para ter sucesso no setor é saber conciliar os prazos de entrega com o sabor do alimento. "Hoje a rotina familiar está cada vez mais corrida. O cliente que tem apenas uma hora de almoço, não tem mais tempo para ficar esperando pela comida. Por isso, hoje, aqueles que conseguirem cumprir com seus prazos de entrega sairão na frente", afirmou.

Diário Tupã

Santa catarina

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