Justiça marca júri do acusado de matar mulher e enteada em Pompéia
03/02/2022
O crime, que teve repercussão nacional em 2021, terá seu julgamento na cidade, apesar de um pedido da defesa para desaforamento
A Justiça de Pompéia marcou para o dia 28 de abril a sessão do Tribunal do Júri Popular em que o psicólogo Fabrício Buim Arena Belinato vai responder por duplo homicídio qualificado nas mortes da Cristiane Pedroso dos Santos, 34, sua esposa, e Karoline, 9, filha de Cristiane. O crime, que teve repercussão nacional em 2021, terá seu julgamento na cidade, apesar de um pedido da defesa para desaforamento. O advogado Gustavo Vinícius Almeida de Oliveira, nomeado em sistema de convênio pela Defensoria Pública para a defesa, pediu julgamento em outra cidade em função da ampla repercussão do caso em Pompéia e eventual constrangimento de jurados para qualquer decisão favorável ao acusado. O pedido foi rejeitado. A definição da data acompanha outra decisão sobre a defesa, para manter o advogado no caso. No dia 17 de janeiro a Justiça havia publicado despacho que apontava inércia do defensor. Mas a medida foi revista. Um documento encaminhado ao processo mostra que o advogado teve dificuldades em conseguir contato com Fabrício, que cumpre prisão preventiva em Tremembé. O julgamento deve ter ainda a presença de M.K., filha mais velha de Cristiane, também acusada de envolvimento nas mortes e sentenciada a cumprir pena educativa na Fundação Casa. Ela será ouvida como testemunha. Fabrício é acusado de matar Cristiane com golpes de faca. Ele confessou o crime, diz que ocorreu durante uma briga. Ocultou o corpo em área ao lado da casa. Dias depois teria matado a menina, que reclamava de saudade de mãe. O corpo foi enterrado no quintal. O psicólogo é acusado ainda de corrupção de menores pelo envolvimento da adolescente, que permaneceu morando na casa com o padrasto por quase dois meses até o caso e os corpos serem descobertos. Entenda o caso
Cristiane Pedroso dos Santos Arena, de 34 anos, e sua filha Karoline Vitória dos Santos Guimarães, de apenas 9 anos estavam desaparecidas desde o fim do ano de 2020. Os corpos delas foram encontrados enterrados no quintal da casa onde moravam em 2 de fevereiro de 2021, sob um contrapiso de concreto. No dia em que os corpos foram localizados, a filha de 16 anos da vítima foi apreendida por suspeita de participação no crime. Ela foi encaminhada inicialmente à Fundação Casa de Araçatuba e atualmente segue apreendida em unidade de Cerqueira César. Já o psicólogo foi capturado em 8 de fevereiro, em Campo Grande, enquanto trabalhava em uma obra. Ele foi transferido para Marília no dia seguinte e disse à imprensa que se arrependeu do crime. Segundo o delegado, Fabrício chegou a pedir abrigo a uma igreja em uma cidade do Mato Grosso do Sul como se fosse um morador de rua. Ele fez todas as refeições diárias e higiene pessoal na instituição enquanto estava foragido.Giro Marília
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