Tupã entra na lista de cidades do centro-oeste paulista em alerta para epidemia de dengue
05/02/2022 A chuva que vem atingindo diariamente algumas cidades da região traz a preocupação sanitária em relação à proliferação do mosquito Aedes aegypti
Sete cidades do centro-oeste paulista, incluindo Tupã, entraram em alerta no começo de 2022 para uma epidemia de dengue. A chuva que vem atingindo diariamente algumas cidades da região traz a preocupação sanitária em relação à proliferação do mosquito Aedes aegypti que transmite essa e outras doenças.
O índice de infestação do mosquito, conhecido como Breteau, feito em janeiro deste ano, apontou 6,8 em Botucatu, um número considerado de alto risco. Marília registrou um índice de 4,2, sendo a zona norte da cidade a área com a taxa mais alta (veja o panorama abaixo).
Este índice diz respeito ao número de larvas do Aedes aegypti encontradas em relação aos imóveis vistoriados. O Ministério da Saúde, com base na Organização Mundial da Saúde (OMS), considera que índices inferiores a 1% indicam "condições satisfatórias".
De 1% a 3,9% é considerada "situação de alerta". Quando acima de 3,9%, a infestação representa "risco de surto de dengue".
Em 100 cidades da região, foram confirmados 8.460 casos de dengue em 2021 (veja classificação das principais abaixo). Desde o ano passado, Marília chegou ao maior número de confirmados com dengue da região, com quase 3 mil casos.
De janeiro a dezembro, Marília teve uma epidemia com 2.939 pessoas com a doença, média superior a 56 casos por semana. Segundo a prefeitura, foi o pior ano para o controle da doença, desde a "grande epidemia" de 2015, quando a doença fez mais de 20 mil vítimas.
Classificação de cidades com mais casos de dengue em 2021:
Marília: 2.939
Assis: 576
Cafelândia: 550
Guarantã: 549
Lins: 477
Bauru: 407
Oriente: 291
Garça: 219
Tupã: 176
Itápolis: 138
Tupã
A Análise de Densidade Larvária (ADL), feita para definir estratégias de prevenção e enfrentamento ao Aedes aegypti e controlar o aumento de casos de dengue em Tupã (SP), apontou que o município está com níveis altos de infestação do mosquito.
A ação, realizada todo início de ano, tem por objetivo contabilizar a quantidade de larvas do mosquito encontradas nos imóveis visitados. A partir do índice registrado, a administração define estratégias de prevenção e enfrentamento ao mosquito.
Segundo informações do Departamento, as equipes visitaram cerca de 1.200 imóveis entre os dias 17 e 18 de janeiro. Durante as visitas, os agentes vistoriam locais onde haviam larvas do mosquito.
Após o recolhimento dessas larvas, elas foram identificadas e contabilizadas para gerar o índice, que mede a quantidade de larvas encontradas. O índice é dividido em três escalas: de 0 a 1 é considerado baixo; de 1 a 4, médio; e acima de 4, alto.
De acordo com Marco Antônio de Barros, diretor do Departamento, o índice registrado na cidade em outubro de 2021 foi de 2,4. Já o índice medido em janeiro deste ano foi de 4,2.
Ainda de acordo com informações do Departamento, em 50 dos imóveis visitados foram encontrados 70 focos, sendo em sua maioria recipientes onde o próprio morador poderia tê-los eliminado.