Taxistas cobram providências da Prefeitura em relação aos motoristas de aplicativos
11/02/2022 A principal insatisfação dos taxistas, segundo Cleusa, é o fato dos profissionais continuarem pagando essas taxas, sendo que motoristas "clandestinos" realizam o mesmo trabalho no município sem encargos financeiros
Taxistas cobram soluções da Prefeitura de Tupã para melhorar as condições de trabalho da categoria no município. Na verdade, o assunto vem sendo reiterado continuamente, mas é ignorado.
Para exercer a profissão, os taxistas precisam cumprir uma série de burocracias, como apresentação de atestado de antecedentes criminais, certidão negativa de débitos (ISS e taxa de fiscalização), protocolo de pontuação da CNH (Carteira Nacional de Habilitação) e as cópias do RG, CPF, CNH, comprovante de residência e da documentação do veículo. Os "clandestinos" não precisam de nada disso.
A presidente do Sindicato dos Taxistas, Cleusa Augusto da Silva, disse que os taxistas em Tupã ainda precisam pagar uma taxa de fiscalização. "No ano passado, estávamos pagando cerca de R$ 100,00 por mês. Pagamos um mês sim e outro não", disse.
Cleusa explicou que os taxistas ainda não estão pagando essa taxa, porque os carnês não foram entregues, devido ao período do recadastramento dos mototaxistas. "Depois seremos nós", disse.
A principal insatisfação dos taxistas, segundo Cleusa, é o fato dos profissionais continuarem pagando essas taxas, sendo que motoristas "clandestinos" realizam o mesmo trabalho no município sem esses encargos financeiros. "Temos vários cartões desses motoristas clandestinos . Já apresentei esses cartões ao presidente da Câmara Municipal e fizemos denúncia na Prefeitura de Tupã, mas até agora não tomaram providências", disse.
"Há pessoas que estão trabalhando até com três carros de forma clandestina . Agora, se esse pessoal pode trabalhar sem pagar essa taxa, nós também não temos que pagar", enfatizou.
De acordo com a Prefeitura de Tupã, o município possui cerca de 37 taxistas trabalhando nas ruas.
Legislação
Vale lembrar que o município não possui lei específica que regulamente a atividade de Uber ou outros aplicativos de transporte alternativo. A fiscalização dos "taxistas clandestinos" é de responsabilidade da Secretaria Municipal de Planejamento e Infraestrutura.
