Cerca de 100 mil ucranianos cruzaram a fronteira para a Polônia desde o início do ataque russo - anunciou o vice-ministro polonês do Interior, Pawel Szefernaker, neste sábado (26).
"Desde o lançamento das operações de guerra na Ucrânia e até hoje, ao longo da fronteira com a Ucrânia, 100 mil pessoas cruzaram da Ucrânia para a Polônia", disse Szefernaker à imprensa no posto fronteiriço de Medyka, no sudeste da Polônia.
A ONU estima que esse número pode chegar a 5 milhões.
Relatos de refugiados
Refugiados ucranianos começaram a chegar na Polônia pouco após a invasão russa.
"Eu venho de Kiev, ouvi explosões perto do meu prédio e rapidamente arrumei minhas malas, levei quase tudo comigo", disse Olha, uma professora de 36 anos do Instituto Politécnico de Kiev.
Olha chegou à estação de Przemysl, uma pequena cidade no sudeste da Polônia a poucos quilômetros da fronteira com a Ucrânia. Ela tem planos para ir até a Suíça.
As mulheres, em sua maioria, ocuparam quase todos os assentos da estação ou se aglomeraram em cadeiras amarelas de acampamento ao lado de suas malas.
Funcionários de governo poloneses de diferentes órgãos administrativos, incluindo a polícia e o exército, têm servido sopa aos recém-chegados.
Alguns funcionários registram as chegadas em uma mesa e ajudam os refugiados a comprar passagens para dar sequência a suas viagens.
Polônia não vai disputar partida de futebol
A Polônia afirmou que não pretende jogar a partida de classificação para a Copa do Mundo contra a Rússia, marcada para 24 de março em Moscou, anunciou o presidente da Federação Polonesa, Cezary Kulesza, neste sábado (26), no Twitter.
"Chega de falar, é hora de agir. Devido à escalada de agressão de Rússia na Ucrânia, a seleção polonesa não pretende jogar a partida de classificação contra a equipe russa", disse Kulesza. Para ele, essa é a única decisão correta. Ele disse que está em comunicação com as federações de futebol da Suécia e da República Checa para apresentar uma posição comum à Fifa.
G1
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