Paineira Tupã

Caminhoneiros avaliam a possibilidade de aderir a greve. Diante do aumento no valor dos combustíveis, Wanderlei Alves, líder da categoria, vem dialogando com o poder público para garantir a concessão de benefícios que barateiam o trabalho. De acordo com ele, há 95% de chances de uma paralisação. Na última semana, a Petrobrás anunciou um reajuste de mais de 24% no valor dos combustíveis. Atualmente, a gasolina está sendo comercializada por mais que R$ 7, desse modo, os caminhoneiros avaliam a possibilidade de entrar de greve. O atual líder dos caminhoneiros, Wanderlei Alves, conhecido como Dedeco, informou aos interlocutores do banco suíço Credit Suisse que a categoria está com mais de 95% de chance de aderir a greve. Em conversa com o portal Metrópoles, explicou como foi a última reunião de negociação, de modo que de uma escala de zero a dez, haja nove e meio de chance de a greve ser aprovada. "Pode ter certeza de que tem condições de parar e isso vai acontecer cedo ou tarde", continuou. De acordo com o líder dos caminhoneiros, se a Petrobrás aprovar um novo reajuste nos próximos dias, será inevitável não paralisar os serviços. "Acredito que se a Petrobras der mais um aumento, o Brasil vai parar instantâneo", afirmou. "Queremos pegar o país e a Petrobras de surpresa. Não damos data, mas vai acontecer", disse. A CNTA (Confederação Nacional dos Transportadores Autônomos), também se pronunciou sobre a possibilidade de greve, afirmando que as propostas sugeridas por Bolsonaro, até o momento, não resolverão a crise. "Há que se enfrentar o problema de forma conjunta com todos os que se relacionam com a contratação do frete. Evidentemente é necessária uma recomposição dos valores dos fretes do caminhoneiro e o mercado deve estar apto a encarar os aumentos dos custos para que se atenuem os desequilíbrios financeiros entre contratados e contratantes", disse a entidade, em nota. "É claro que nos preocupamos com a população e com as consequências que o repasse desse aumento trará na vida das pessoas. Mas o setor, infelizmente, não tem mais quaisquer condições de segurar esse aumento, que deve ser repassado imediatamente no valor frete. Do contrário, colocaremos em risco a própria sobrevivência de muitas empresas de transporte, que são fundamentais para o desenvolvimento do Brasil", completou o presidente da CNT, Vander Costa.

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