O homem de 28 anos que morreu no início da manhã deste domingo (27) por dois disparos feitos por policiais militares, em Adamantina, após apontar arma depois constatada como simulacro (arma falsa), era conhecido nos meios policiais. Conforme divulgou o site do Jornal Cidade Aberta, de Osvaldo Cruz, ele era morador naquela cidade e estaria residindo em Adamantina. O nome dele não foi divulgado, mas era conhecido pelo apelido de "Pixote".
O caso
Na manhã deste domingo, na sede da 2ª Companhia da Polícia Militar de Adamantina, o SIGA MAIS conversou com o comandante interino do 25º Batalhão da PM, major Ivan Garcia de Oliveira, e o subcomandante, major Julio Marcelo Romagnoli dos Santos. Sediado em Dracena, o 25º Batalhão responde pelo comando do policiamento militar nas cidades entre Osvaldo Cruz e Panorama.
Os oficias da PM informaram que o chamado ao 190 foi por volta das 5h50 da manhã, feito por morador, que relatou sobre o homem armado no posto de combustíveis. A ocorrência foi irradiada via Copom e uma equipe do policiamento foi ao local, sendo identificado um grupo com cerca de oito pessoas, do outro lado da avenida, em frente ao posto de combustíveis, onde estava o suspeito denunciado.
Os policiais se aproximaram do grupo e deram voz para que os indivíduos levantassem as mãos, conforme procedimento padrão, quando o suspeito fez menção de que estaria armado, sacou a arma e apontou aos policiais. Em situação de legítima defesa, conforme destacou o major Ivan, o policial fez dois disparos. O Corpo de Bombeiros de Adamantina foi acionado e fez seu resgate, sendo encaminhado ao pronto-socorro da Santa Casa local, vindo a óbito.
Pelo horário da ocorrência ainda estava escuro e no local dos fatos há árvore, o que dificulta a iluminação artificial. Conforme os oficiais do 25º Batalhão, a conduta do homem em apresentar uma arma - que somente depois foi possível identificar suas características - e apontar aos policiais, levou à ação que considera ser em legítima defesa dos militares mobilizados na ocorrência, não sendo possível, no contexto, identificar se a arma era verdadeira ou um simulacro. Os disparos ocorreram cerca de três metros de distância.
Ainda de acordo com os oficiais do 25º Batalhão, foram identificadas imagens de câmeras de monitoramento que mostram o suspeito com a arma.
O homem atingido pelos disparos tinha 28 anos e era conhecido nos meios policiais. Ele era morador em Osvaldo Cruz e estaria residindo em Adamantina.
Providências policiais
O caso foi apresentado ao plantão da Polícia Civil de Adamantina, onde a ocorrência foi registrada como homicídio em decorrência de intervenção policial. O simulacro de arma de fogo foi apreendido pela PC. Um inquérito policial vai ser instaurado para apurar as circunstâncias e eventuais responsabilidades. Após sua conclusão, o expediente deve ser remetido à justiça estadual.
No âmbito da PM, também ocorre apuração interna em procedimento próprio, por meio de inquérito policial militar.
O local dos fatos foi periciado pela Polícia Científica. Já o corpo do homem deve passar por exames necroscópicos por peritos do Instituto Médico Legal (IML) para produção de laudo, para posterior liberação aos familiares.
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