Deputados da Alesp (Assembleia Legislativa de São Paulo) aprovaram hoje o novo plano de carreira para professores do estado em uma sessão tensa.
A votação teve manifestações contrárias do lado de fora do prédio e no plenário. Ainda hoje serão avaliadas as emendas do PLC (Projeto de Lei Complementar), que atinge professores do ensino fundamental, médio, diretores e supervisores.
Ao convocar para os protestos de hoje, o Apeoesp (Sindicato dos Professores do Ensino Oficial do Estado de São Paulo) havia publicado no Twitter suas demandas: "Queremos que a votação do reajuste para os/as professores/as seja separada e que o governo retire o PLC 3/2022, que cria a farsa da nova carreira , da Alesp".
A intenção do governador João Doria (PSDB), que enviou o projeto para votação, é sancionar as mudanças antes de deixar o cargo para disputar a Presidência nas eleições deste ano.
O deputado estadual Paulo Fiorilo (PT) defendeu que a aprovação da proposta é de interesse de Doria, serviria "de discurso eleitoral" e é um "golpe nos servidores da educação".
Além dos parlamentares, servidores que foram à sessão interromperam os deputados favoráveis ao projeto.Segundo a proposta, ela possibilita elevar em 73% o piso salarial dos educadores de São Paulo que aderirem ao plano de carreira. Se sancionado, os professores terão salário inicial de R$ 5 mil para jornada de 40 horas semanais.
A elevação seria retroativa, com data de 1º de março deste ano.Os que negarem a adesão e os aposentados terão um reajuste salarial de 10%.
Os educadores contra o PLC alegam que o novo plano de carreira remove as oportunidades de receber bônus, prêmios e gratificações.Assim, eles pediram na manifestação hoje que o reajuste salarial de 10% seja debatido separadamente da proposta de Doria.
UOL
Receba Notícias do TupãCity pelo Whatsapp
Participe dos nossos grupos
Fique informado em tempo real sobre as principais notícias de Tupã e região.