Paralisação da Polícia Federal em maio pode afetar Marília
09/05/2022 A classe pede a renúncia de Anderson Gustavo Torres do cargo de ministro da Justiça e Segurança Pública, pelo "desprestígio e desrespeitoso tratamento dado por Bolsonaro à PF e ao próprio ministro."
Com a decisão do governo federal de não realizar a reestruturação das carreiras policiais da União, conforme havia prometido o presidente Jair Bolsonaro (PL), os delegados da Polícia Federal prometem paralisações para este mês de maio. Em Marília, a categoria ainda não comunicou as entidades de classe se haverá adesão.
A Associação Nacional dos Delegados de Polícia Federal (ADPF) aprovou, em Assembleia Geral, respostas ao governo. Eles pedem a renúncia de Anderson Gustavo Torres do cargo de ministro da Justiça e Segurança Pública, pelo "desprestígio e desrespeitoso tratamento dado por Bolsonaro à PF e ao próprio ministro."
Os delegados preveem paralisações parciais e progressivas, que devem contar com outras categorias da Polícia Federal. No dia 12 de maio está marcada uma interrupção de uma hora no expediente, das 11h às 12h.
A delegada Tânia Prado Pereira, presidente do Sindicato dos Delegados de Polícia Federal no Estado de São Paulo (SINDPF/SP) disse que cada unidade terá autonomia para decidir sobre a paralisação.
"Dependerá [a adesão> da iniciativa dos associados de Marília. Nesta segunda-feira (9), faremos reuniões com outras entidades sobre o assunto", afirmou a presidente, que também aguarda resultado da assembleia da Federação Nacional dos Policiais Federais (Fenapef).
A entidade mencionada pela delegada paulista tem espectro mais amplo, o que pode tornar o movimento ainda mais expressivo e exercer maior pressão ao governo federal.