Paineira Tupã

Um resgate que durou quase dez horas terminou com a retirada de um husky siberiano que caiu em um barranco com cerca de 50 metros de profundidade, em Marília (SP). O caso aconteceu nesta terça-feira (21). Segundo o tutor da cachorra, Jonas Diniz, tudo começou por volta das 6h30, durante mais um passeio matinal com a cadela Pandora. O terreno vazio, próximo ao condomínio onde ele mora, é tido como um lugar perfeito para que o cachorro de características amigáveis e gentil possa extravasar toda sua natureza brincalhona.

Duas equipes do Corpo de Bombeiros de Marília (SP) se empanharam no resgate da Pandora — Foto: Jonas Diniz/Arquivo Pessoal
Duas equipes do Corpo de Bombeiros de Marília (SP) se empanharam no resgate da Pandora — Foto: Jonas Diniz/Arquivo Pessoal
Em meio às brincadeiras, uma em particular chamou a atenção da companheira leal de Jonas: um macaco em um galho de uma árvore próximo ao barranco. "É um terreno vazio que fica bem na beirada do vale. Eu sempre vou lá, solto ela na coleira para brincar. Só que, desta vez, um macaco prego chamou a atenção dela. O macaco era muito grande, e ela começou a ir. Nesse vai e volta, ela tentou pular na árvore e caiu no barranco", conta Jonas.
Foram cerca de dez horas até a retirada de Pandora. — Foto: Jonas Diniz/Arquivo Pessoal
Foram cerca de dez horas até a retirada de Pandora. — Foto: Jonas Diniz/Arquivo Pessoal
Neste momento, a primeira atitude de Jonas foi chamá-la. A princípio, o tutor não achou que a cadela, de apenas 9 meses, tivesse caído no local. No entanto, o silêncio do animal começou a deixar Jonas desesperado. "No primeiro momento, achei que ela tivesse tido acesso aos terrenos do lado, mas quando eu vi que a passagem estava fechada e olhei o rastro da pata dela perto da árvore, me liguei que ela caiu. Eram cerca de 50 metros de altura, além do que, há mato ali. A sorte é que o local não é um paredão reto, mas sim com várias caídas aos poucos", explica. Resgate
Resgate envolveu técnica de rappel por parte da equipe do Corpo de Bombeiros — Foto: Jonas Diniz/Arquivo Pessoal
Resgate envolveu técnica de rappel por parte da equipe do Corpo de Bombeiros — Foto: Jonas Diniz/Arquivo Pessoal
A missão de resgate começou por volta das 8h, com a chegada da primeira turma do Corpo de Bombeiros. Porém, por mais de duas horas, a cachorra, que tem cerca de 26 quilos, não deu sinal de vida. Além disso, a equipe de resgate não estava preparada para fazer o rappel, o que impedia qualquer possibilidade de avistá-la no local. Insistente, Jonas não desistiu de resgatá-la e por isso ligou novamente à corporação, que retornou ao local, só que desta vez preparada para descer o barranco abaixo. Além dos cinco bombeiros encarregados da missão, seis outras pessoas, entre amigos e familiares, ajudaram no processo. Neste caso, a união ajudou para que fosse possível a descida e subida dos bombeiros por meio do rappel no barranco. "A gente passou a escutá-la, porém ela parou de fazer som quando eles chegaram próximos. Eles logo falaram que não havia marca de quem se machucou, que o local estava limpo. A gente acha que ela caiu e, no desespero, continuou descendo barranco abaixo", relata Jonas. Após alcançar o local onde estava o animal, um membro da equipe dos bombeiros passou a escutar os latidos do cachorra. Por conta das dificuldades inerentes ao local, que conta com uma área tomada por mata e galhos, a equipe só conseguiu retirá-la depois que a colocou dentro de um saco preto. Para surpresa de seu dono, a esperança finalmente foi recompensada após as mais de dez horas de incertezas sobre a vida da cadela. "Nem parece que ela caiu. É coisa de Deus. Ela não tem um arranhão, não está machucada. Ela está mancando um pouquinho, mas o veterinário disse que ela está 100%. Quando ela saiu, eu desacreditei, chorei o dia inteiro", se emociona Jonas. De pais de nomes Thor e Atenas, Pandora, que chegou à vida de Jonas com apenas 53 dias de vida, retirada de um canil de Bauru (SP), pôde enfim retornar ao lar. "Eu não queria acreditar que ela tinha caído. Eu não tinha noção de como poderia ser a queda. Cheguei por vários momentos a pensar que ela não estaria viva. Eu queria ao menos fazer um enterro decente. Não queria deixá-la ali. Deu tudo certo", comemora o tutor.

Portal G1

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