Aumenta a demanda por estacionamentos na região central de Tupã

O fim da Zona Azul dificultou ainda mais a vida dos motoristas tupãenses que buscam encontrar uma vaga de estacionamento na região central da cidade. Para quem não consegue estacionar na Avenida Tamoios, a alternativa é parar em ruas paralelas, ou a quarteirões de distância. Sem a funcionalidade oferecida pelo estacionamento rotativo, os veículos agora não possuem mais tempo limite para ficarem estacionados nas áreas que ainda estão demarcadas com as guias pintadas de azul. Com essa nova realidade dificultando a mobilidade urbana, a demanda para parar nos estacionamentos em 45 graus se tornou ainda maior.

O problema é que todos os estacionamentos em 45 graus estão irregulares em Tupã. E essa falta de regularização, somando a "canalização" do trânsito para as principais vias do centro, pode aumentar o número de acidentes. Segundo dados do Denatran (Departamento Nacional de Trânsito), o município de Tupã possui 58,5 mil veículos, sendo 29,1 mil (49%) deles automóveis. Ou seja, sem a rotatividade nas vagas de estacionamento, o centro da cidade não tem a mesma capacidade para atender a demanda dos motoristas. A vantagem dos estacionamentos em 45º é que eles oferecem um maior número de vagas, em trechos de alta demanda. Mas para que esses estacionamentos sejam implantados é preciso seguir as regras de trânsito. Segundo a ABNT (Asso-ciação Brasileira de Normas Técnicas), os estacionamentos de 45º devem ser demarcados com 2,30 metros de largura por 5 metros de comprimento. Para manobra, é preciso cerca de 3,50 metros de largura da via, desconsiderando o tráfego no sentido contrário. Ou seja, para receber um estacionamento em 45º nos dois sentidos de direção, cada rua deveria ter pelo menos 17 metros de largura, o que não ocorre no caso de Tupã.

Diário de Tupã