Acusado de matar ex-companheira a tiros vai a júri nesta terça-feira em Pompeia
19/07/2022 Segundo a Polícia Civil, homem de 37 anos, que fugiu, foi até a casa da jovem para ver a filha de oito meses e atirou contra a ex-companheira em fevereiro do ano passado. Vítima tinha 19 anos e se separado do suspeito havia dois meses.
Será realizado nesta terça-feira (19), em Pompeia (SP), o júri de João Paulo de Castro, acusado de matar a tiros sua ex-companheira, Camila Eduarda Santos de Souza, de 19 anos, em fevereiro do ano passado,
Atualmente, João Paulo está preso no Centro de Detenção Provisória (CDP) de Álvaro de Carvalho (SP). Segundo o Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo (TJ-SP), o réu é acusado de homicídio triplicamente qualificado por motivo fútil, utilização de recurso que dificultou a defesa da vítima e feminicídio.
De acordo com a Polícia Civil, João Paulo trabalhava em uma fazenda na cidade de Oriente (SP) e pediu para um amigo levá-lo até a casa da ex-companheira para ver a filha de oito meses. No entanto, ao chegar ao local, o homem invadiu a casa, sacou um revólver e efetuou disparos contra a vítima.
Além de Camila, na casa também estavam a mãe da jovem, a filha bebê do casal e outra criança, de um ano e nove meses, filha da vítima de um relacionamento anterior.
A Polícia Civil informou que João Paulo fugiu após o crime. O homem que estava no carro com ele foi ouvido e liberado. O amigo contou à polícia que não sabia que o suspeito estava armado, nem que a intenção dele era matar a ex-companheira.
Alguns dias após o crime, o pai contou que a vítima era agredida e ameaçada pelo ex-companheiro, então com 37 anos.
Segundo Valderei Alves de Souza, a filha Camila vivia com o suspeito. Dois meses antes do homicídio, no entanto, a jovem pediu a separação e voltou a morar na casa dos pais.
"Ela era vítima de agressão, mas tinha medo de falar isso para a gente com medo da minha atitude", conta o pai da jovem.
Sem desconfiar que a filha era agredida e ameaçada, o pai contou que o ex-companheiro dela não levantava suspeita de ser agressivo.
"Para a gente aqui, ele aparentava ser uma pessoa super do bem, tratava ela bem na nossa frente, não aparentava ser esse monstro que se mostrou. Jamais a gente esperava que isso ia acontecer", explicou Valderei.
"Ele já desceu do carro disparando, atirando contra ela. Nisso ela entrou lá dentro gritando: mãe, me ajuda pelo amor de Deus, não quero morrer, pelo amor de Deus . Aí, lá dentro, ele efetuou o tiro de misericórdia", lembra o pai da jovem, que não presenciou o crime, mas relatou o que ouviu da esposa.
"Meu desejo é que a justiça seja feita, que esse crime não caia no esquecimento e não fique impune. Esse é meu desejo de pai", declarou Valderei.
Portal G1 *Com informações de Alcyr Netto e Anders