Paineira Tupã

Vista da Terra pela tripulação Apollo 17. — Foto: NASA Content Administrator
Vista da Terra pela tripulação Apollo 17. — Foto: NASA Content Administrator
No último dia 29 de junho, a Terra registrou seu dia mais curto desde que os cientistas começaram a usar relógios atômicos de alta precisão para medir a velocidade de rotação do nosso planeta, nos meados de 1960. De acordo com um levantamento feito pelo site Time and Date com dados do Serviço Internacional de Sistemas de Referência e Rotação da Terra (IERS, na sigla em inglês), a Terra completou uma volta completa em torno do seu eixo com 1,59 milissegundo a menos que exatas 24 horas (1 ms corresponde a um milésimo de segundo, ou cerca de 0,001s). A título de comparação, em média, um dia solar nos últimos 365 dias do ano teve -0,29 ms que 24 horas. Hoje, por exemplo, a estimativa é que o dia tenha 0,0003878 segundos a menos que 24 horas. Já em 2019, o dia mais curto registrado foi 16 de julho, com menos 0,95 segundos. Apesar dessas diferenças pontuais, a rotação do planeta está diminuindo de forma geral por causa das forças de maré entre a Terra e a Lua. O cientistas estudam isso porque a precisão dos sistemas de medição de tempo é algo importante para diversas tecnologias modernas. Receptores de GPS, por exemplo, dependem dessa precisão para decodificar seus sinais de localização. A Nasa, a agência espacial norte-americana, explica que na época dos dinossauros, a Terra completava uma rotação em cerca de 23 horas, enquanto que no ano de 1820, o movimento levava exatamente 24 horas. Outro fato contribuinte é que durante os anos de El Niño, por exemplo, a rotação da Terra pode diminuir um pouco por causa de ventos mais fortes, aumentando a duração de um dia em uma fração de milissegundo. Em 2016, justamente por causa desse fenômeno, o IERS chegou a anunciar a adição de uma espécie de "segundo bissexto" para manter os padrões mundiais de referência de tempo. Mas o que explica os segundos a menos nos anos recentes? A resposta para isso ainda é incerta e será explorada por cientistas em eventos e congressos especializados. Porém, se confirmada essa tendência a longo prazo, pesquisadores já debatem se precisaremos de um "segundo bissexto negativo", subtraindo esse número pequeno, mas significativo, nos nossos relógios.

G1

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