Agosto Lilás traz para população oportunidade diálogo sobre a violência
17/08/2022 População pode participar de encontros pelo fim da violência contra mulher
Neste mês, a Prefeitura de Tupã intensificará as ações para sensibilização a respeito da violência contra a mulher. Como parte da Campanha Agosto Lilás, a Secretaria de Desenvolvimento Social e Direitos Humanos terá espaços para diálogo entre especialistas e a população.
A fim de mobilizar a população para superação das diferentes formas de violência doméstica e familiar, defendidas na Lei Maria da Penha (Lei Federal nº 11.340/2016), os cidadãos poderão participar de cinco encontros do "Dialogando sobre a Violência". O evento de abertura para apresentação das ações será promovido sexta-feira (19), às 9h, no CREAS, na Rua Goitacazes, 654.
Em 22 de agosto, às 7h, o bate-papo será na Cooperativa de Reciclagem de Tupã (Cooretup). Dia 30 de agosto, às 9h, a população poderá participar no CRAS Natalino Rodrigues (Rua Pedro Pereira Souza, 192); em 31 de agosto os diálogos serão no CRAS Leste (Rua Machado de Assis, 240), às 9h, e no CRAS III (Rua Professor Altino Martinez, 70-A), às 14h).
Segundo a secretária da pasta responsável, dra. Telma Tulim, por meio de conversas, a administração municipal propicia acesso aos mecanismos que coíbem e previnem a violência contra a mulher.
"O silêncio, os amigos e vizinhos coniventes, e até mesmo pequenas agressões julgadas simples, podem ser verdadeiros empecilhos para que a vítima saia dessa situação antes que algo pior aconteça. Precismos fortalecer as mulheres, conscientizar sobre as variadas formas de violência, e informar os canais de denúncia e proteção, que elas têm à disposição no município".
Segundo o Fórum Brasileiro de Segurança Pública e o Datafolha, uma a cada quatro mulheres diz já ter sofrido algum tipo de violência. E cinco a cada dez brasileiros relatam ter visto uma mulher sofrer alguma forma de agressão em seu bairro ou comunidade. No Brasil, uma denúncia de violência é registrada a cada três minutos.
Vale destacar que a violência em um relacionamento se apresenta em tapas, socos ou estupro, assim como por ameaças, no confisco de propriedade, e na pressão emocional. A chefe de setor de CREAS, Jaqueline Vieira, afirma que a Lei Maria da Penha prevê cinco formas de violência.
"A maioria sabe identificar casos de violência física, pois deixam marcas visíveis no corpo. Mas, muitas vítimas nem sequer percebem que sofrem violência moral, psicológica, patrimonial ou até mesmo sexual, pois entendem que ao assumir um compromisso com o parceiro, são obrigadas a se sujeitar às mais variadas situações", declara.
A violência moral inclui: calúnia (acusar falsamente alguém de crime), injúria (ofensa à dignidade), difamação (ofender a reputação); violência psicológica abrange humilhação, insultos, perseguição e ameaça; já a patrimonial se enquadra no controle do dinheiro, privação da liberdade de compra, destruição de objetos, não deixar trabalhar e a ocultação de bens.
A mulher pressiona ou forçada ao ato sexual percebe-se, mais facilmente, como vítima de violência sexual. No entanto, exigir práticas que a mulher não gosta ou se sente desconfortável, se negar a usar preservativo ou outros métodos contraceptivos também são formas de violência sexual.
Em Tupã, o CREAS e os CRAS, vinculados à Secretaria de Desenvolvimento Social e Direitos Humanos, e a Delegacia de Defesa da Mulher (DDM - Polícia Civil), prestam atendimento às mulheres em situação de violência e auxiliam com encaminhamento psicológico, social e jurídico.