Recenseadores encontram dificuldades para coleta de dados em Tupã
26/08/2022 O trabalho não tem sido fácil. Por conta da tarefa exaustiva, das recusas no atendimento e dos riscos, em alguns casos, Tupã, que não completou o número de pesquisadores previsto, ainda viu muitos deles abandonarem o trabalho.
Antes previsto para 2020, o Censo foi adiado para 2021 em função da pandemia e, depois, para 2022, em função de restrições orçamentárias. Nem todos, porém, acompanham esses detalhes. Para se chegar ao Censo 2022, foi uma longa caminhada. Finalmente, os recenseadores estão nas ruas da cidade.
Mas o trabalho não tem sido fácil. Por conta da tarefa exaustiva, das recusas no atendimento e dos riscos, em alguns casos, Tupã, que não completou o número de pesquisadores previsto, ainda viu muitos deles abandonarem o trabalho. Os que ficaram estão se esforçando ao máximo, mas não tem sido fácil.
Um dos recenseadores, que atua na região central e preferiu manter sua identidade sob sigilo, relatou que o maior problema é com as recusas. "Na região onde atuo, a recusa para responder ao questionário é grande, mas é muito maior na periferia. Em algumas casas, dependendo do bairro, a insistência do pesquisador pode lhe causar problemas, ou seja, até risco de agressões", comentou.
A orientação é não insistir, tentar marcar outra data para retorno, ser cordial e buscar mostrar a importância da coleta de dados para todos os brasileiros.
De acordo com o pesquisador, na região central é grande o número de residências que não atendem aos chamados. "Na casa mora gente, mas em geral fica apenas um idoso, ou porque mora sozinho ou porque o filho ou esposo, por exemplo, trabalham fora retornando só de noite. Neste caso, realizadas até três visitas, orientamos que os dados podem ser repassados por internet e até por telefone. Nossa expectativa é que haja um contato", observou.
Outra orientação aos tupãenses é para que forneçam as informações de forma correta. Recentemente, uma pesquisadora esteve em uma casa, foi atendida por uma senhora, provavelmente viúva, que respondeu que ali tinha quatro moradores, ela e seus quatro patinhos de estimação, que ela deixava dentro de casa, porque não queria que passassem frio.
O questionário é fácil e rápido de ser respondido. Só é preciso ter um pouco de paciência. Além disso, a pessoa vai estar contribuindo para que se saiba exatamente quantos moradores o município conta atualmente.
A coleta começou no dia 1º de agosto com a pretensão de visitar os cerca de 25 mil domicílios tupãenses, não só na cidade, mas também nos distritos e zona rural. Isso tudo até o próximo mês de outubro.
Trata-se de uma missão muito difícil, que poderá ser facilitada, porém, se todos colaborarem com os pesquisadores.