Profissionais da Saúde de Tupã ameaçam greve se o piso nacional não for cumprido

Durante a pandemia de Covid-19, ficou mais do que evidente a importância do Sistema Único de Saúde (SUS) e dos profissionais da Saúde para que vidas fossem salvas. E como forma de valorizar esses trabalhadores, em agosto deste ano, um novo piso salarial foi sancionado pelo presidente do Brasil. Apesar da conquista, a categoria passa a travar uma nova batalha para garantir o próprio emprego em todo o país. Isso porque algumas empresas hospitalares alegam que não teriam condições de arcar com os custos para o cumprimento do piso. Em Tupã, a situação não é diferente. Em comunicado emitido no dia 29 de agosto, a Santa Casa de Tupã explicou que "estamos cientes e conscientes da nova Lei 14.434, de 4 de agosto de 2022, que estabeleceu novos pisos salariais para os profissionais da saúde do País. Temos a convicção que pela nobreza desta brilhante profissão vocês são merecedores (do reajuste salarial). Todavia, infelizmente não temos condições financeiras de cumprir os novos pisos. Pedimos a sua compreensão para continuarmos a manter os empregos", esclareceu o hospital em nota. Diante dessa resposta, a subsede do Sinsaúde (Sindicato dos Trabalhadores da Saúde) de Tupã convocou os trabalhadores da saúde, dos hospitais, clínicas e laboratórios para assembleia de greve que acontecerá na próxima sexta-feira, dia 9 de setembro, às 20 horas. As assembleias acontecerão simultaneamente na sede central e em todas as subsedes do Sinsaúde, presentes em 172 cidades. "No dia do pagamento, enfermeiros, técnicos e auxiliares de enfermagem e parteiras devem ficar atentos para o valor dos salários que serão depositados e denunciar ao sindicato se não for pago o que é de direito", afirmou o Sinsaúde em nota. Vale relembrar que diversos profissionais da saúde de Tupã participaram da sessão camarária que ocorreu no dia 22 de agosto. Um representante da categoria subiu na tribuna livre do Legislativo e cobrou a efetivação dos novos pisos da enfermagem em Tupã. Veja abaixo: Lei 14.434, de 4 de agosto de 2022 De acordo com a legislação, enfermeiros devem receber R$ 4.750,00; técnicos de enfermagem, R$ 3.325,00; e auxiliares e parteiras devem ganhar, no mínimo, R$ 2.375,00. A lei entrou em vigor no mês de agosto e, portanto, os empregados em empresas privadas que estiverem com o salário abaixo do piso devem receber o novo valor no próximo holerite. Já para os servidores públicos, a lei permite que seja pago a partir do começo de 2023. As empresas podem querer ameaçar os trabalhadores com demissões ou mudança de horários e cargos.

Redação TupãCity