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A rainha Elizabeth 2ª está sob acompanhamento médico no Castelo de Balmoral, na Escócia, depois que os médicos ficaram preocupados com sua saúde, informou o Palácio de Buckingham. Todos os filhos da monarca já estão (ou estão a caminho) na propriedade, que é a residência oficial da família real na Escócia. "Após uma avaliação mais aprofundada nesta manhã, os médicos da rainha estão preocupados com a saúde de Sua Majestade e recomendaram que ela permaneça sob supervisão médica", diz o comunicado. "A rainha continua confortável e em repouso em Balmoral." É um tanto incomum o Palácio de Buckingham divulgar um comunicado como este — em geral, o Palácio não está disposto a comentar sobre os assuntos médicos relacionados à monarca, que são vistos como privados. O príncipe Charles, filho primogênito da rainha, viajou para Balmoral com a esposa, Camilla, duquesa da Cornualha. Seus irmãos — o duque de York, príncipe Andrew, e o conde de Wessex, príncipe Edward — também estão indo para a propriedade escocesa, a cerca de 64 km a oeste de Aberdeen. A princesa real, princesa Anne, única filha mulher da rainha, já estava na Escócia por conta de outros compromissos. O príncipe William, neto de Elizabeth 2ª, também está a caminho, mas sua esposa, Kate, duquesa de Cambridge, permanece em Windsor para o primeiro dia de aula dos filhos do casal. O príncipe Harry, que ia participar de um evento de caridade em Londres, também viajou para Balmoral, segundo um porta-voz. A mulher dele, Meghan Markle, duquesa de Sussex, permanece na capital. Barreiras estão sendo colocadas do lado de fora de uma das entradas da propriedade. Há preocupações claramente prementes com a saúde da rainha — muito mais explicitamente colocadas do que antes e sem qualquer referência a serem relativas apenas a dificuldades de mobilidade da monarca. Há também advertências contra especulações infundadas, como a de que ela poderia ter sofrido uma queda. E na terça-feira ela estava de pé e foi fotografada sorrindo ao empossar a nova primeira-ministra, Liz Truss. Mas a partir do cancelamento de última hora do que teria sido apenas uma reunião virtual do Conselho Privado — de ministros seniores —, não há dúvida quanto à fragilidade da saúde da rainha que completou 96 anos em abril. A nova primeira-ministra, Liz Truss, disse que "todo o país" estava "profundamente preocupado" com a notícia. "Meus pensamentos — e os pensamentos das pessoas em todo o Reino Unido — estão com Sua Majestade a Rainha e sua família neste momento", acrescentou. A rainha empossou Truss como primeira-ministra no Castelo de Balmoral na terça-feira (06/09), em vez de viajar para Londres para o evento. Ao longo dos seus 70 anos de reinado, sempre foi costume realizar uma audiência com o novo primeiro-ministro no Palácio de Buckingham. O arcebispo de Canterbury, Justin Welby, líder da Igreja Anglicana, também se manifestou: "Minhas orações e as orações das pessoas em toda a [Igreja Anglicana> e na nação estão com Sua Majestade a Rainha hoje." "Que a presença de Deus fortaleça e conforte Sua Majestade, sua família e aqueles que estão cuidando dela em Balmoral". Desde julho, a monarca está passando o verão no Castelo de Balmoral, em Royal Deeside, Aberdeenshire, na Escócia. O castelo se tornou residência real há mais de 150 anos e, segundo pessoas próximas, seria uma das residências favoritas da rainha. Movimentação da realeza indica gravidade De acordo com Jonny Dymond, correspondente real da BBC, há um grau de gravidade que não se viu em episódios anteriores — o próprio fato de o comunicado ter sido emitido quando o Palácio de Buckingham costuma ser tão reticente em fazer qualquer comentário sobre a saúde da rainha. A divulgação do comunicado e a ida dos membros mais próximos da Família Real para Balmoral, para ver a monarca, indicam um claro grau de preocupação com a saúde de Elizabeth 2ª. Não devemos esperar obter muita clareza por parte do palácio, porque eles não revelam detalhes da saúde dos membros seniores da Família Real. Mas o fato de a família estar reunida em Balmoral é uma indicação da gravidade da situação. Em 6 de fevereiro deste ano, a rainha completou 70 anos de trono. Ela é a segunda monarca com mais tempo de serviço na história, atrás apenas de Luís 14 (1638-1715), da França, que assumiu o posto aos 4 anos de idade.

BBC Brasil

cabonnet

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