Chuva de meteoros Geminídeas poderá ser vista na noite desta terça-feira (13)
13/12/2022 Brasileiros poderão avistar queda de meteoritos em todo o território nacional; o melhor horário de visualização acontece às 3h da madrugada. Saiba mais.
Quem gosta de fenômenos astronômicos tem um bom motivo para grudar os olhos no céu ao longo da noite de terça-feira (13) e madrugada de quarta-feira (14), quando ocorre o pico da chuva de meteoros Geminídeas, uma das mais aguardadas do ano.
A chuva de meteoros Geminídeas atinge pico em meados de dezembro de cada ano. O fenômeno é considerado uma das melhores e mais confiáveis chuvas anuais de meteoros. A queda das "pedras" começou a ser observada em meados de 1800.
De acordo com a coordenação do Observatório de Astronomia da Universidade Estadual Paulista (Unesp) de Bauru, no interior de São Paulo, a chuva poderá ser observada em todo o Brasil. O melhor horário de visualização será às 3h da madrugada.
A expectativa é alta porque é prevista uma queda de cerca de 120 meteoros por hora, embora a lua entre as fases cheia e minguante possa atrapalhar sua visibilidade. Tem esse nome, Geminídeas, porque seu radiante, ou seja, o ponto no céu de onde parecem surgir os meteoros, fica na altura da Constelação de Gêmeos.
CURIOSIDADES SOBRE A CHUVA DE METEOROS GEMINÍDEAS
Origem: 3200 Phaethon (um asteroide ou um possível "cometa de rocha")
Radiante: Constelação Gemini
Ativo: 4 a 17 de dezembro
Contagem de meteoros de atividade máxima: Aproximadamente 120 meteoros por hora
Velocidade do meteoro: 127.000 km/h ou 35 quilômetros por segundo.
O ASTEROIDE
Ao contrário da maioria das chuvas de meteoros que se originam de cometas, os Geminídeas se originam de um asteroide: 3200 Phaethon.
De acordo com a National Aeronautics and Space Administration (Nasa) é possível que Phaethon seja um "cometa morto" ou um novo tipo de objeto que está sendo discutido pelos astrônomos chamado "cometa de rocha".
A órbita altamente elíptica do cometa Phaethon ao redor do sol dá credibilidade a essa hipótese. No entanto, os cientistas não estão certos de como definir Phaethon.
Quando Phaethon passa pelo sol não desenvolve uma cauda cometária, e seu espectro parece um asteroide rochoso. Além disso, os bits e pedaços (2-3 gm/cc) que se rompem para formar os meteoroides da chuva Geminídeas também são várias vezes mais densos do que flocos de poeira cometários (0,3 gm/cc).
O 3200 Phaethon foi descoberto em 11 de outubro de 1983 por um Satélite Astronômico Infravermelho. Devido à aproximação ao sol, Phaethon é nomeado em homenagem ao personagem do mito grego que conduziu a carruagem do deus sol Hélio. Phaethon é um pequeno asteroide — seu diâmetro mede apenas 5,10 quilômetros de diâmetro. Foi o astrônomo Fred Whipple que percebeu que Phaethon é a fonte dos meteoros Geminídeas.
*Com informações de Diário do Nordeste de do Porta