Homem morre decapitado em trecho da Rodovia Júlio Budiski, no Jardim Santa Fé, em Presidente Prudente
20/01/2023 Ocorrência foi registrada na manhã desta quinta-feira (19) e a Polícia Civil trata o caso, inicialmente, como homicídio culposo na direção de veículo automotor e fuga de local de acidente.
O corpo de um homem, de 20 anos, foi encontrado decapitado, na manhã desta quinta-feira (19), no km 6,5 da Rodovia Júlio Budiski (SP-501), nas proximidades do Jardim Santa Fé, em Presidente Prudente (SP).
Conforme informações da Polícia Militar Rodoviária, a vítima foi encontrada com a cabeça decapitada às margens da via e não há vestígios de atropelamento, como estilhaços, marcas de frenagem e contusões.
Os policiais militares foram acionados por meio de uma ligação pelo telefone 190.
A cabeça da vítima foi encontrada a uma distância de 30 metros à frente de onde o restante do corpo estava.
Ainda segundo os policiais, não há monitoramento por câmeras no local. A Polícia Científica realizou a perícia e as causas e circunstâncias da morte serão apuradas.
De acordo com as informações repassadas pela Polícia Civil, um homem que se identificou como patrão da vítima compareceu ao local onde o corpo decapitado foi encontrado. O empregador contou que o rapaz trabalhava com ele como pedreiro. Diariamente, o jovem esperava o patrão pela manhã às margens da Rodovia Júlio Budiski para pegar uma carona.
O funcionário vinha de ônibus do Jardim Brasil Novo até as margens da Rodovia Júlio Budiski, onde o patrão passava e dava carona ao jovem para o local de trabalho.
No entanto, quando passou pelo local na manhã desta quinta-feira (19), o patrão não encontrou o funcionário.
Segundo a Polícia Civil, o exame necroscópico constatou, no couro cabeludo da vítima, lesões contusas múltiplas e, na região do pescoço, decapitação.
Também foram identificadas escoriações de arrasto pelo corpo e fratura na mandíbula, enquanto, internamente, no tórax e no abdômen, sem sinal de trauma. Foram coletados material toxicológico e sangue para confronto de DNA, se necessário.
Ainda de acordo com a Polícia Civil, as características das lesões na cabeça e da decapitação indicam que algo atingiu o corpo violentamente, ou seja, um agente de natureza contundente e corto-contundente.
A causa da morte foi atestada como politraumatismo crânio-encefálico e decapitação, conduzido por agente contundente e corto-contundente.
"Neste momento, não há elemento nem para afirmar nem para excluir homicídio ou atropelamento, vai depender da apuração mesmo. O fato das lesões de arrasto no corpo, geralmente vistas em atropelamentos, e a ausência de trauma interno no abdômen e no tórax sugerem o atropelamento", pontuou a polícia.
Em um trecho mais adiante, testemunhas avisaram que tinha um cadáver caído às margens da rodovia e, assim, o empregador retornou e encontrou seu funcionário no chão com a cabeça arrancada e jogada a cerca de 30 metros de distância do corpo. O corpo estava no início da alça de acesso e a cabeça, próxima à ponte.
Também compareceu ao local, segundo a Polícia Civil, um outro homem, que se identificou como irmão da vítima. Ele informou que a vítima não tinha nenhuma desavença com ninguém. No entanto, ponderou que eles possuem um outro irmão que se encontra preso em decorrência de um homicídio e que, na época do fato, "juraram de morte a família deles".
A perícia verificou que havia lesão no corpo apenas da queda. Com relação à lesão na cabeça, aparentemente, há um trauma que a separou do tronco e existe rastro de sangue e cabelo até onde ela foi localizada, o que sugere, em análise inicial, que algo, como o pedaço de um veículo, atingiu a vítima, desconectando as partes.
O corte que decapitou a vítima, ainda segundo a Polícia Civil, não é uniforme nem retilíneo.
Por isso, a Polícia Civil trata o caso, inicialmente, como homicídio culposo na direção de veículo automotor e fuga de local de acidente.