A Delegacia de Investigações Gerais de Tupã (DIG) emitiu uma nota nesta terça-feira (14) sobre a investigação que descobriu o plano de adolescentes para realizar ataques em escolas de São José dos Campos, Caçapava e Tupã. A operação aconteceu na sexta-feira (10).
Milena Davoli Nabas de Melo, delegada titular da DIG, informou que foi contatada pelo delegado de polícia Dr. Carlos Afonso Gonçalves da Silva, da divisão de crimes cibernéticos do DEIC de São Paulo, solicitando apoio para uma diligência a ser cumprida em Tupã.
O delegado informou que a Agência Americana de Inteligência HSI (Homeland Security Investigation) havia detectado conversas travadas através de redes sociais nas quais usuários do Instagram planejavam ataques armados a escolas, em alusão aos quatro anos do massacre ocorrido em Suzano, fato que ocorreu em 13 de março de 2019.
Em razão da urgência da medida, a equipe da DIG, de posse de mandado de busca domiciliar expedido pela Vara da Infância de Tupã, procedeu a buscas na casa de uma adolescente, onde apreendeu celulares.
"A menor foi ouvida na companhia da mãe e alegou ser vítima de bullying na escola em que estuda, mas que teria desistido da ideia do ataque. A família foi devidamente orientada, assim como a adolescente", informou a DIG. O procedimento criminal tramita pela delegacia do DEIC.
A delegada ainda afirmou que a atuação preventiva foi eficaz e que outras medidas estão sendo adotadas pela delegacia de origem.
"Informações especulativas acerca dos fatos não serão divulgadas a fim de que não se cause mais prejuízo à adolescente e sua família", frisou a delegada.
ORIENTAÇÃO
A delegada sugere que os pais façam acordo com os filhos de que a condição para que façam uso livre da internet e redes sociais seja o compartilhamento das senhas de acesso para que possam monitorar suas atividades.
"A liberdade do mundo digital muitas vezes fica oculta da família, que pode ser pega de surpresa. Outra orientação é a de que, ao menor sinal de violência, tal qual o Bullying, a família se posicione e exija das instituições responsáveis (escola, conselho tutelar, polícia, ministério público) uma stuaçao efetiva de combate, pois os danos psicológicos podem ser imensuráveis", orientou a dra. Milena.
Redação TupãCity
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