A Comissão de Ética da Câmara Municipal de Tupã vai analisar o pedido de impeachment protocolado nesta segunda-feira (12) contra o vereador Paulo Henrique Andrade (PSDB). A autora do pedido é Tereza de Lourdes Anastácio, de 62 anos. No documento a que o TupaCity teve acesso, a moradora alega ter sido empurrada pelo vereador durante a sessão parlamentar do dia 22 de maio de 2023, após uma discussão entre ela e um outro cidadão que também assistia à sessão.
No documento, a denunciante alega ter ido embora da Câmara “sentindo já uma dor intensa no ombro direito” e, no dia seguinte, dirigiu-se ao consultório de um ortopedista, que teria constatado deslocamento em seu ombro direito. Como parte do tratamento, Teresa afirma ter precisado de medicação para dor além de 10 sessões de fisioterapia.
No dia 2 de junho, a denunciante procurou a Delegacia de Polícia para elaborar um Boletim de Ocorrência contra o vereador.
“Diante de tais fatos, a Denunciante somente conseguiu noticiar os fatos acima na Delegacia de Polícia em 02/06/2023, conforme Boletim de ocorrência anexo, em virtude de tamanha dor que estava sentindo”, alega o documento.
A moradora anexou junto ao pedido de cassação, câmeras de segurança do momento em que ela alega ter sido agredida. Enquanto o secretário legislativo fazia a leitura do pedido de impeachment, como manda o regimento, cidadãos que acompanhavam a sessão começaram a se manifestar sobre o que constava no documento.
O presidente da Câmara de Tupã, Marcos Gasparetto (PSD) então interrompeu a sessão por cerca 10 minutos para que os ânimos se acalmassem. A comissão que vai analisar o pedido é composta pelos vereadores Eduardo Edamitsu, Israel Veloso (Tutu) e Antonio Alves de Sousa “Ribeirão”. A comissão tem prazo de até 90 dias para analisar as acusações. Procurada pelo TupaCity, a assessoria do vereador Paulo Henrique Andrade informou que irá se pronunciar em nota após o término da sessão. Usando a tribuna, o vereador negou as acusações presentes no documento. Ele também cobrou que seguranças sejam colocados durante as sessões.
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Vereador Paulo Henrique Andrade durante sessão desta segunda-feira (12)/Foto: Reprodução
“Em nenhum momento fiz nada que possa ser comparado ao que foi lido. Mas isso é um parlamento e temos que respeitar a opinião das pessoas. Tenho certeza que nesta casa será feita justiça depois que tudo for apurado e termos a oportunidade de mostrar que o que aconteceu nada mais foi do que tentar preservar vias de fato que poderiam ocorrer nesta casa”, disse.
Redação TupãCity
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