HUM TUPÃ

JORNAL DIÁRIO — Moradores do Residencial Morada do Sol realizaram uma manifestação na manhã do último domingo, dia 16, cobrando agilidade no início das obras para recuperação da cratera aberta na passagem da Rua Geraldo Quiqueto, que permanece interditada.

De acordo com os moradores, desde a última chuva, no dia 14 de junho, a erosão aumentou e tem comprometido ainda mais a segurança no trecho. 

Segundo o representante da Associação de Moradores do Morada do Sol, Bruno Volpi, o consórcio de empresas deu um prazo inicial de 20 dias para iniciar as obras. "Mas já se passou um mês e, até agora, nada. A construtora falou que em 20 dias estariam prontas as anilhas, que até agora não chegaram. Já se foram 30 dias e ninguém apareceu por aqui. Deram o prazo, abandonaram e não apareceram mais. Nos deixaram a ver navios", disse. 

Os vereadores pastor Eliézer de Carvalho (PSDB) e Cristina Vicente (PCdoB), que fazem parte da CPE (Comissão Parlamentar Especial) para investigar essas obras, estiveram presentes na manifestação e se comprometeram em entrar em contato com a Prefeitura de Tupã e com o consórcio de empresas para agilizar as obras. "Os vereadores disseram que vão marcar uma reunião com os moradores e com a construtora para analisar esse novo prazo, para tentar resolver esse problema. Até agora a construtora não falou mais nada, não deu resposta, ninguém apareceu", afirmou Volpi.

Outro problema destacado por Volpi  é que as residências do local continuam sem CEP. "Você pede uma coisa, tem que mandar para o endereço de algum parente", disse. 



Volpi explicou que os moradores do Morada do Sol ainda sofrem com a falta de diversos serviços. "A circular não entra porque o acesso não dá certo, tem que fazer um desvio para a circular entrar. Está complicada a nossa vida. Você liga para os bombeiros e a ligação cai em Bauru. O filho de uma moradora se engasgou, tivemos que ligar e um bombeiro teve que ajudar por telefone, porque a ligação cai em Bauru e até acessar o daqui não iria dar tempo. Estamos perdidos aqui dentro", destacou. 

O morador disse que os imóveis entregues no início do ano também apresentam problemas estruturais. "Desde o início, quando entregou, já tinha casa com trinco, com bomba estourada. Você liga, eles demoram para arrumar. Na outra semana, já quebra de novo. Já tem casa que teve que arrumar os trincos umas três ou quatro vezes. E para dar assistência eles estão enrolando também", afirmou. 

Atraso

Ao visitar o local, o vereador pastor Eliézer de Carvalho constatou que a erosão aumentou, mesmo no período de estiagem. "A erosão aumentou, a chuva parou e mesmo assim a erosão continuou", afirmou. 

O parlamentar disse que um dos compromissos da CPE nesta semana será entrar em contato com a prefeitura e o consórcio de empresas para cobrar a entrega dos tubos de concreto. "Eles estão preocupados porque a erosão está aumentando. E muito próximo, o esgoto que está passando e a rede de energia podem ser afetados. Os moradores estão com medo de os problemas aumentarem mais, ocasionando mais transtornos", afirmou. 

O vereador enfatizou que nesta semana a CPE irá trabalhar na cobrança para o início dos trabalhos no local. "Os moradores estão muito apreensivos com relação ao que ainda pode acontecer. O que já aconteceu é gravíssimo, mas a preocupação é que, se não parar a erosão e não começar as obras, os problemas vão aumentar ainda mais", disse.

Reivindicação de direitos

A vereadora Cristina Vicente explicou que os moradores não estão reivindicando seus direitos apenas em relação à recuperação da cratera, mas também em relação a outros problemas que atingem o bairro. A parlamentar observou que, mesmo no período de estiagem, os trabalhos não foram iniciados. "Não temos mais período de chuva e as empresas não estão vindo aqui fazer as coisas que foram combinadas. Eles deram prazo, deram 20 dias para iniciar as obras, depois deram 120 dias para conclusão dos trabalhos, com acesso liberado. Viemos aqui há cerca de uma semana e ainda não tinha nada", disse. 

Cristina disse que a preocupação da CPE e dos moradores é de que os trabalhos não sejam realizados no prazo de 120 dias. "Vamos entrar em contato com a empreiteira e com a prefeitura, porque queremos um cronograma de trabalho. Com prazo, conseguimos fiscalizar. Sem prazo, não conseguimos. Como eles vão entregar os trabalhos em 120 dias se não começou nada? Por isso é preciso um cronograma", disse. 
A vereadora destacou que moradia é um direito de todos, "mas uma moradia digna" que atenda as necessidades da população. "Não adianta fazer casas e não ter um posto de saúde próximo, uma assistência social, uma agente comunitária para visitar os moradores e saber o que está acontecendo", afirmou. 

A parlamentar também disse que os vereadores entrarão em contato com a prefeitura para analisar a situação do CEP dos moradores. "Estamos aqui para ajudar, para que as coisas aconteçam e para que eles tenham dignidade. Eles não estão pedindo nada além dos seus direitos e de viver em uma moradia digna", destacou. 

O consórcio de empresas é formado pelas empreiteiras Stéfani Construtora, Mello Engenharia, Menin Engenharia, Nova Roma, Construtora Duaço e Grupo Amaralina. 

Prefeitura

O secretário Municipal de Planejamento e Infraestrutura, Valentim César Bigeschi, disse que as empresas continuam no aguardo dos materiais. "As aduelas de concreto, só para a cura do concreto, necessitam de 30 dias", explicou. 

Santa catarina

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