Como amamentar se a mãe precisa trabalhar fora de casa? Este é um questionamento bastante comum para quem está em período de lactação, por isso, a campanha Agosto Dourado deste ano tem como foco o fortalecimento das redes de apoio para mulheres que amamentam e também trabalham.
A partir do tema “Apoie a amamentação: faça a diferença para mães e pais que trabalham”, proposto pelo Ministério da Saúde, a Secretaria Municipal de Saúde desenvolverá atividades programadas para os profissionais que atuam na atenção primária (UBS e USF).
“Queremos capacitar e treinar o nosso pessoal a respeito do apoio que deve ser dado às pacientes que amamentam, para informar a respeito das leis de amparo, da possibilidade de doação de leite, e incentivar o aleitamento materno de forma empática e sólida”, disse a diretora de Departamento de Atenção Básica, Simone Veronez Bauer. Ela comenta ainda que serão quatro rodas de conversa organizadas em parceria com a maternidade da Santa Casa e a consultora em amamentação da Unimed.
O leite materno auxilia diretamente na proteção dos recém-nascidos contra infecções respiratórias, diarreia, diminui o risco de alergias, hipertensão, diabetes e até mesmo a obesidade. Até os seis meses de vida, a criança não precisa de chás, sucos, nem de outros leites ou qualquer tipo de alimento. Não por acaso, ele é considerado padrão-ouro da alimentação.
Segundo o secretário de Saúde, dr. Miguel Ângelo de Marchi, até 6 meses, o leite materno é suficiente para fornecer ao bebê todos os nutrientes e a hidratação necessários. “A amamentação reduz a mortalidade infantil e traz benefícios também para a mãe, reduzindo a incidência dos cânceres de mama, ovário e endométrio. Promove o fortalecimento do vínculo mãe-bebê, e é fonte incontestável de proteína e de outros nutrientes fundamentais para esta fase da vida”, comenta.
No entanto, muitas mulheres enfrentam o desafio de manter um vínculo formal de trabalho e a rotina de cuidados com o bebê. Por isso, pais, companheiros, companheiras, familiares e empresas devem estar prontos para fornecer suporte emocional, compartilhar tarefas e assegurar ambientes propícios à amamentação.
O secretário de Assuntos Jurídicos, João José Pinto – JJ, afirma que a legislação brasileira ampara a mulher trabalhadora. “A maioria das pessoas conhece apenas a Licença Maternidade (Lei nº 12.873/2013), porém, a mulher tem direito, durante a jornada de trabalho, a duas pausas para amamentar o próprio filho, ou para extração do leite materno (art. 396 da CLT - Consolidação das Leis do Trabalho, Decreto-Lei nº 5.452/ 1943)”.
Aleitar é um momento muito especial e de total acolhimento. Se a mãe tiver dificuldade para a amamentar, acompanhe-a até uma unidade de saúde para buscar orientações com um profissional habilitado.