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O Distrito Federal e 25 estados de todas as regiões sofreram um apagão na manhã desta terça (15). Segundo relatos de usuários, a energia começou a parar de ser transmitida por volta das 8h20 no Acre, Alagoas, Amapá, Amazonas, Bahia, Ceará, Distrito Federal, Espírito Santo, Goiás, Maranhão, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Minas Gerais, Pará, Paraná, Paraíba, Pernambuco, Piauí, Rio Grande do Norte, Rio Grande do Sul, Rio de Janeiro, Rondônia, Santa Catarina, Sergipe, São Paulo e Tocantins.

Em alguns deles, o desabastecimento de energia elétrica durou apenas alguns minutos, segundo relatos de usuários. Em outros, se prolongou por mais tempo.

Apenas o estado de Roraima não foi afetado, por não ser conectado ao Sistema Interligado Nacional (SIN).

O Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS) informou que houve uma ocorrência na rede de operação do SIN que interrompeu a transmissão de 16 mil MW de carga em estados do Norte, Nordeste e Sudeste.

"Houve uma ocorrência no sistema que provocou a separação elétrica das regiões Norte e Nordeste das regiões Sul e Sudeste, com abertura das interligações entre essas regiões. A interrupção no Sul e no Sudeste foi uma ação controlada para evitar propagação da ocorrência", disse o ONS em uma nota no começo da tarde.

O vice-presidente Geraldo Alckmin afirmou que a ocorrência foi uma falha em Imperatriz (MA), onde há uma subestação de uma linha de transmissão de energia. O ministro Alexandre Silveira, de Minas e Energia (MME) vai dar mais detalhes sobre o apagão em uma entrevista coletiva às 16h30.

Até o começo da tarde, o abastecimento havia sido normalizado nas regiões Sul, Sudeste e Centro-Oeste, sendo totalmente recuperado no Norte e no Nordeste às 14h30 e "restando ajustes pontuais a serem realizados pelas distribuidoras em algumas cidades", segundo balanço do MME.

Às 14h02, a geração total de energia alcançou 74,1 mil MW, acima do pico de 73,3 mil MW registrados pela manhã minutos antes da queda.

A Associação Brasileira dos Distribuidores de Energia Elétrica (Abradee) disse, no final da manhã, que as empresas estavam "atuando em regime de contingência para a normalização" do abastecimento.

Queda para evitar danos

A interrupção, segundo o ONS, aconteceu por conta de uma falha classificada como “abertura da interligação Norte-Sudeste”, e que está apurando as causas do ocorrido. A interligação do sistema elétrico levou à queda de energia em outras regiões do país.

"A interrupção no Sul e no Sudeste foi uma ação controlada para evitar propagação da ocorrência", disse o ONS logo cedo.

A falha foi confirmada pelo Ministério de Minas e Energia (MME), com a interrupção às 8h31 da "interligação Norte/Sudeste, e as causas da ocorrência ainda estão sendo apuradas". Embora tenha sido relatada a falta de energia em todos os estados, a pasta afirma que o fornecimento foi afetado apenas nos estados do Norte, Nordeste e Sudeste.

"A equipe do MME está trabalhando para que a carga seja plenamente restaurada o mais breve possível. O Ministro Alexandre Silveira já determinou a criação de uma sala de situação e acompanha o processo de retomada, bem como determinou a apuração das causas do incidente", completou o MME.

Silveira estava em viagem ao Paraguai com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) para a posse do presidente Santiago Peña, com quem negocia a revisão do Tratado de Itaipu.

O ministro antecipou a volta ao Brasil para pouco depois da cerimônia e disse que "determinou o rápido restabelecimento dos serviços, assim como a devida apuração dos motivos", em entrevista à TV Globo em Assunção.

O coordenador do Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais (Cemaden), José Marengo, diz que a causa do apagão pode ser operacional, pois não há um alerta para seca que pudesse impactar a produção e distribuição de energia.

"Apesar do baixo nível de chuva, não estamos em uma situação de seca extrema, principalmente na região nordeste, que foi onde começou o apagão", disse ao G1.

Deputados e senadores da oposição vieram a público criticar o apagão desta terça (15) junto do reajuste dos preços da gasolina e do diesel, anunciado mais cedo pela Petrobras.

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