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Até novembro de 2023, o preço do arroz nos supermercados do Brasil subiu em média 17,7%, segundo dados do IBGE. E, em 2024, não deve haver trégua. A cotação do arroz vem batendo recorde tanto no Brasil como no exterior. Na semana do Natal, a saca de 50 quilos do cereal foi vendida por mais de R$ 130, um recorde histórico, segundo dados Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea – USP). 

Na última terça-feira, dia 26, o preço recuou ligeiramente, para R$ 129,28. No exterior, as cotações do cereal subiram para um novo recorde em 15 anos. O arroz branco tailandês com 5% de quebra - uma referência do mercado asiático - subiu pela terceira semana consecutiva, atingindo US$ 659 por tonelada na quarta-feira, de acordo com a Associação de Exportadores de Arroz da Tailândia. Esse é o valor mais alto desde outubro de 2008 e eleva o aumento dos preços para cerca de 38% este ano, depois que a Índia, principal exportadora, restringiu as exportações e o clima seco ameaçou a produção.

Mas por que o preço não para de subir?

Aqui no Brasil, o Cepea cita o clima desfavorável e a diminuição dos estoques como principais fatores para que as cotações subissem significativamente na segunda metade no ano. Já neste último trimestre de 2023, as variações para cima foram mais intensas, com os preços sendo impulsionados por preocupações relacionadas à nova safra, que apresentou problemas no campo devido às condições climáticas desfavoráveis.

Lá fora, os preços estão sendo impulsionados pela forte demanda e pelas preocupações com a oferta. Isso porque o arroz é vital para as dietas de bilhões de pessoas na Ásia e na África, e a mais recente alta nos preços pode alimentar as pressões inflacionárias e aumentar as contas de importação para os países compradores. Alguns países têm aumentado as compras para formar estoques suficientes em meio a temores de que o impacto do fenômeno climático El Niño reduza ainda mais os suprimentos nos próximos meses.

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