Pedro morava em Bastos, mas estava em Pompeia para tratamento de saúde (Foto: Divulgação/Redes Sociais)
A Polícia Civil identificou como Pedro Afonso Andrade Cardoso, de 26 anos, o jovem que morreu atropelado quarta-feira (24) à noite, na rodovia Comandante João Ribeiro de Barros (SP-294), próximo a Paulópolis, distrito de Pompeia. Ele era morador na cidade de Bastos, região de Tupã.
Na tarde desta sexta-feira (26), a delegacia de Pompeia recebeu informações do Instituto de Identificação Ricardo Gumbleton Daunt (IIRGD), que após pesquisas e confrontos no sistema de identificação biométrica, realizou exame papiloscópico.
A análise definiu e certificou a identidade de Pedro. O corpo aguardava reconhecimento no Instituto Médico Legal (IML), mas ainda não havia sido reclamado por familiares.
A mãe de Pedro, Elizangela Andrade Cardoso, de 35 anos, foi vítima de feminicídio no início do ano passado, na periferia de Bastos.
O rapaz estaria na cidade de Pompeia para tratamento de saúde. No dia em que foi atropelado, afirmou a pessoas próximas que retornaria para Bastos de ônibus, porém, à noite, estava desorientado, caminhando pela rodovia.
O sepultamento do jovem foi realizado no Cemitério de Bastos pelo Serviço de Assistência Social da Prefeitura.
O motorista do carro que atingiu Pedro apresentou-se à polícia, mas é investigado por fuga de local do atropelamento.
ACIDENTE
O atropelamento aconteceu por volta da 1h25, no km 494 da rodovia. Uma equipe de resgate – com a presença de uma médica – foi acionada por testemunhas que relataram terem visto um homem caminhando perigosamente na pista.
Quando a ambulância estacionou, a vítima – conforme a denúncia – estava sem camisa tentando se levantar do asfalto, porém, com dificuldades, momento em que foi atingida por um Renault Duster branco. O motorista do veículo, que estava com uma passageira, fugiu sem prestar socorro.
Minutos depois do atropelamento, o condutor do carro voltou e questionou aos socorristas o que havia acontecido. Mas logo foi embora novamente. A vítima teve a morte constatada no local pela médica da concessionária. A Polícia Militar Rodoviária (PMR) foi acionada.
EM TUPÃ
Enquanto a equipe da Polícia Militar Rodoviária realizava os procedimentos no local do acidente, patrulheiros de Tupã receberam a informação de que um homem havia comparecido ao plantão policial daquela cidade, alegando ter “atropelado um corpo” na SP-294.
O homem de 30 anos chegou a afirmar inclusive, que desejava registrar um boletim de ocorrência pelos danos sofridos no carro. O policial civil que o atendeu se recusou a registrar a ocorrência da forma solicitada e dispensou o condutor. Antes, porém, anotou nome, telefone de contato e a placa do carro.
Os policias rodoviários da base de Tupã telefonaram ao motorista e pediram a presença dele no local. O rapaz compareceu com outro carro, alegando que a Duster estava sem condições de transitar devido ao impacto em Pompeia.
O homem foi submetido ao teste do bafômetro, que constatou negativo para bebida alcoólica. O utilitário envolvido no acidente foi encaminhado para perícia e o motorista poderá responder por homicídio culposo (sem intenção de matar), além de fuga de local de acidente.