Famílias gestoras relatam esforço no combate ao incêndio em Pompeia
17/09/2024 - Atualizada em 16/09/2024 às 18:25
Fonte: Redação
Incêndio atingiu fazendas Guaiuvira e Água do Cedro em Pompeia.
As Famílias Gestoras das Fazendas Guaiuvira e Água do Cedro, de Pompeia, vieram a público relatar os dias de luta contra um incêndio que devastou grande parte de suas terras e compartilhar a solidariedade dos voluntários que ajudaram no combate. O foco inicial foi identificado no dia 22 de agosto na área industrial de Paulópolis, mas o vento e a seca rapidamente espalharam as chamas, atingindo três fazendas no dia 23. O combate se intensificou e, mesmo com chuvas no dia 24, o fogo voltou a se espalhar nos dias seguintes.
O Corpo de Bombeiros, com apoio aéreo e terrestre, atuou junto à Defesa Civil, autoridades municipais e voluntários locais para conter o incêndio. No entanto, no dia 28, o fogo voltou a ganhar força, atingindo as Fazendas Guaiuvira e Guaritá, obrigando as equipes a se mobilizarem nas encostas no dia 29. Nos dias 4, 5 e 6 de setembro, o fogo se aproximou perigosamente da cidade de Pompeia e da sede da Fazenda Guaiuvira, além de destruir plantações de eucalipto próximas ao Distrito Industrial.
A ação voluntária foi fundamental, com produtores rurais, comerciantes e moradores ajudando no combate. Mulheres da cidade organizaram o fornecimento de alimentos e suprimentos para os brigadistas que atuaram por quase 15 dias consecutivos.
Com o incêndio agora sob controle, o foco se volta para a recuperação da área devastada. Quase 1.500 hectares de mata nativa e 260 hectares de pastagens foram consumidos pelas chamas. As Fazendas Guaiuvira e Água do Cedro, que desenvolvem um projeto de preservação de vegetação nativa e espécies da fauna e flora, agora enfrentam um desafio de recuperação ambiental que pode durar mais de 100 anos.
Para mitigar os efeitos imediatos, grupos organizados de Pompeia estão providenciando alimentos e água para os animais silvestres. A prioridade, neste momento, é manter os focos de incêndio monitorados e iniciar ações de restauração da vegetação, com o uso de tecnologia e trabalho voluntário.
"Agradecemos a todos que mantiveram o espírito de solidariedade e união durante esses dias. Agora, o desafio é a recuperação da mata, e estamos focados nisso para o bem de todos", afirmou Mário Bastos, um dos gestores da Fazenda Guaiuvira.
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