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O governo de São Paulo realiza nesta segunda-feira (4) o leilão do segundo lote de escolas estaduais que devem ser construídas e administradas pelo setor privado, por meio de uma Parceria Público-Privada (PPP). O evento ocorrerá às 14h, na sede da Bolsa de Valores (B3).

O critério de julgamento da licitação será o "de menor valor da contraprestação pública máxima a ser paga pelo Poder Concedente". Ou seja, ganha quem oferecer o maior desconto para o estado, a partir do valor que ele coloca como referência.

Dois consórcios e uma empresa disputam a concessão do lote Leste, que prevê a construção e zeladoria de 16 unidades escolares, em 16 municípios paulistas.

 

  • Consórcio SP + Escolas — liderado pela empresa Agrimat Engenharia e Empreendimentos Ltda;
  • Consórcio Jope ISB — liderado pela empresa Jope Infraestrutura Social Brasil S/A;
  • Empresa CS Infra S/A.

 

Os três interessados já participaram da disputa pelo lote Oeste, na última terça-feira (29), mas nenhum deles conquistou o direito de construir e administrar os serviços não pedagógicos das 17 escolas já leiloadas. O vencedor foi o "Consórcio Novas Escolas Oeste SP", liderado pela empresa Engeform Engenharia Ltda., que ofereceu um desconto de 21,43% para o estado e deverá receber R$ 11,9 milhões mensais do poder público.

O leilão do primeiro lote chegou a ser suspenso na quarta (30) por uma liminar concedida pela Justiça, a pedido do Sindicato dos Professores do Ensino Oficial do Estado de São Paulo (Apeoesp). Contudo, a medida foi derrubada no dia seguinte pelo presidente do Tribunal de Justiça de São Paulo, Fernando Antônio Torres Garcia, e o resultado do certame voltou a valer.

Segundo o desembargador Garcia, a interrupção dos leilões poderia causar prejuízos à ordem pública, interferindo na execução regular da política pública de Educação. Os efeitos de sua sentença valem até que a matéria seja avaliada em segundo grau.

Procurada, a Secretaria da Educação do Estado de São Paulo (Seduc-SP) afirmou que "o ensino seguirá público e gratuito. A PPP das Novas Escolas visa unicamente liberar professores e diretores de tarefas burocráticas, permitindo maior dedicação às questões pedagógicas. A Arsesp (Agência Reguladora de Serviços Públicos do Estado de São Paulo) será responsável pela regulação e fiscalização dos serviços prestados pela concessionária".

 

 

Lote Oeste

 

  • Total de 17 escolas;
  • 462 salas de aula;
  • 17.160 vagas para estudantes;
  • As unidades serão construídas em Araras, Bebedouro, Campinas, Itatiba, Jardinópolis, Lins, Marília, Olímpia, Presidente Prudente, Ribeirão Preto, Rio Claro, São José do Rio Preto, Sertãozinho e Taquaritinga.

 

Lote Leste

 

  • Total de 16 escolas;
  • 476 salas de aula;
  • 17.680 vagas;
  • As unidades serão construídas em Aguaí, Arujá, Atibaia, Campinas, Carapicuíba, Diadema, Guarulhos, Itapetininga, Leme, Limeira, Peruíbe, Salto de Pirapora, São João da Boa Vista, São José dos Campos, Sorocaba e Suzano.

 

Metade das unidades deve ser entregue em dois anos, e o restante, até janeiro de 2027.

O decreto do governo do estado define que a concessionária poderá contrarar terceiros para realizar serviços, como:

 

  • manutenção de toda a unidade escolar;
  • limpeza das áreas internas e externas das unidades;
  • vigilância e portaria, incluindo monitoramento do sistema de câmeras e controle de acesso por meio de portaria;
  • alimentação, incluindo o preparo e porcionamento de alimentos;
  • jardinagem e controle de pragas.

 

Segundo o governo paulista, o contrato ainda prevê um "verificador independente", que vai auxiliar na fiscalização dos serviços, especialmente no atendimento aos indicadores de desempenho. O verificador independente também precisará atender a requisitos de qualificação estipulados pelo contrato.

Além disso, uma nota de desempenho será calculada com base em indicadores de qualidade de serviços como alimentação, vigilância, limpeza e internet. Também serão avaliados a qualidade de ambientes como banheiros, salas de aula e refeitórios, além do adequado fornecimento de água, esgoto, energia elétrica e gás.

Pesquisas de opinião com a comunidade escolar sobre os serviços oferecidos também devem ser realizadas periodicamente.

Santa catarina

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