A inflação registrada no Brasil fechou o ano de 2024 em 4,83% e superou o teto da meta de 4,5%, de acordo com dados do IBGE divulgados no dia 10/01/2025. Os cálculos do ano apontam que o grupo de alimentos e bebidas foi um dos que mais pesaram no ano, com uma alta de 7,69% em 12 meses. Já os preços das carnes e do café moído foram os que mais pesaram no ano, com uma alta de 20,84% e de 39,6%, respectivamente.
O IBGE destacou que a meta teto definida pelo Conselho Monetário Nacional (CMN) foi superada também pelos preços da gasolina (9,71%), dos planos de saúde (7,87%) e da refeição fora do lar (5,7%). Já o preço da energia elétrica terminou o ano com redução de 0,37%.
Este foi o segundo estouro da meta no governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), que já viu a inflação de 2023 chegar a 4,62%.
Fernando Gonçalves, gerente do setor de cálculo do IPCA (Índice Nacional de Preços ao Consumidor), explica que as condições climáticas tiveram parte da culpa pela elevação do indicador. “O índice foi puxado pela alta dos itens alimentícios, que sofreram influência de condições climáticas adversas, em vários períodos do ano e em diferentes localidades do país. Além disso, assim como em 2023, a gasolina foi responsável pela maior contribuição no indicador em 2024”, afirmou.
Veja abaixo qual foi o peso de diferentes grupos de consumo no estouro do teto da meta de inflação em 2024:
– Alimentos e bebidas: 7,69%;
– Educação: 6,7%;
– Saúde: 6,09%;
– Despesas pessoais: 5,13%;
– Transportes: 3,3%;
– Habitação: 3,06%;
– Comunicação: 2,94%;
– Vestuário: 2,78%;
Artigos de residência: 1,31%.