Tupãenses protestam em Brasília em marcha que reuniu mais de 100 mil pessoas

A delegação de Tupã, formada por integrantes do movimento FTA (Frente de Entidades Tupãenses em defesa da Aposentadoria) e diversas categorias da cidade (comerciários, metalúrgicos, bancários, professores, seguranças, assessores, dentre outras), participou da maior manifestação popular da história da Capital brasileira, batizada como "Ocupa Brasília", sob a liderança do Presidente do Sincomerciários de Tupã e Região, Vereador Amauri Mortágua. O ato aconteceu dia 24 de maio e reuniu mais de 100 mil pessoas. Os manifestantes tupãenses se reuniram pela manhã em frente ao estádio Mané Garrincha e depois seguiram em caminhada até a Esplanada dos Ministérios. Tupã foi representado por 120 guerreiros e guerreiras, que tinham um único clamor: "Nenhum direito a menos", repudiando as reformas Trabalhista e da Previdência, patrocinadas pelo Governo. Munidos com camisetas e bonés personalizados, faixas, cartazes e bandeiras, os tupãenses concretizaram mais um histórico ato de luta e defesa plena em prol dos trabalhadores e do País, somando forças com pessoas de todo o Brasil, que estavam ali presentes e também manifestando seus descontentamentos. Durante o protesto, vídeos e fotos foram publicados nas páginas oficiais das entidades participantes, inclusive nas mídias do Sincomerciários Tupã. O Vereador Amauri destacou: "Nós estamos muito felizes de poder participar deste momento tão importante para o Brasil, onde estamos tentando mudar essa história; estão querendo voltar à escravidão. Vamos resistir, o povo está mobilizado, temos seguramente mais de 100 mil pessoas, ocupando Brasília". Amauri, por sua vez, esclareceu: "O Brasil tem rumo, e o caminho que o País tem é o que povo quer, não é o que meia dúzia de deputados e o Governo que vai determinar para nós e, menos ainda o mercado Internacional. Fora reformas! Vamos fazer com que o nosso povo seja valorizado e possa de fato, ter emprego, salário digno, aposentadoria garantida, investir na economia local, nacional, pois é a única forma que o País pode crescer". A marcha foi o ápice de uma jornada de luta que vem se intensificando desde o início do ano, com manifestações, atos, audiências públicas e greve geral. Neste sentido, a luta continuará com os trabalhadores reivindicando o fim das reformas trabalhista e previdenciária que estão em tramitação no Congresso Nacional. Após a imprensa divulgar atos de violência e vandalismo, durante o Ocupa Brasília, as Centrais, que organizaram o movimento, divulgaram notas esclarecendo que a manifestação foi pacífica, mas forte o suficiente para atrair atenção de toda a mídia brasileira e boa parte da atenção internacional. Em Nota, uma das Centrais divulgou: "Lamentamos a infiltração de black blocs neste ato grandioso e significativo. Não temos nada a ver com esses baderneiros. E igualmente atribuímos despreparo da Polícia Militar de Brasília grande parte da responsabilidade pelas cenas lamentáveis de depredação do patrimônio público. Em lugar de prender bandidos comuns e qualificados, de máscara ou de colarinho branco, infelizmente essa polícia se especializa em atacar trabalhadores e trabalhadoras".