Morte de bancária completa um mês e suspeito continua foragido
22/09/2017 Polícia de Tupã garante que as investigações continuam
Após um mês de um dos crimes mais cruéis dos últimos anos em Tupã, o suspeito de assassinar a jovem bancária Débora Goulart, de 33 anos de idade, continua foragido.
A Polícia Civil ainda não encontrou o suspeito, o próprio companheiro de Débora, Ailton Basílio, de 37 anos.
Desde o dia da localização do corpo de Débora, na manhã do dia 22 de agosto, uma terça-feira, a polícia realiza um amplo trabalho de investigação na tentativa de localizar Ailton, com quem Débora conviveu por cerca de 16 anos. A polícia conta também com o apoio da sociedade, que ajuda nas investigações através de denúncias anônimas e compartilhamentos via Facebook e outras redes sociais.
O crime aconteceu na noite de uma segunda-feira, dia 21 de agosto. Débora Goulart foi brutalmente assassinada com golpes de faca, em sua própria casa, na Rua Tupinambás, centro de Tupã. O corpo da vítima foi encontrado pelos policiais militares por volta das 11 horas do dia seguinte, uma terça-feira, dia 22 de agosto.
O corpo de Débora só foi encontrado porque os funcionários da agência bancária onde a vítima trabalhava acharam estranho a moça não comparecer ao serviço. A vítima foi assassinada com três facadas. O assassino ainda deixou a faca cravada no peito da mulher. Débora foi encontrada já sem vida em um quarto da residência do casal. Desde então, o companheiro e suspeito de matar Débora está desaparecido.
Investigações
Apesar do tempo, a Polícia Civil de Tupã garante que as investigações continuam e prosseguem a todo vapor. Segundo o delegado responsável pela Delegacia de Investigações Gerais (DIG), Flávio Delgado de Melo, há novas informações sobre o caso e adiantou sobre as investigações. "Checamos todas as informações, algumas procedem e outras não. É importante esclarecer que a investigação não está parada. Enquanto temos equipes que tentam localizar o foragido, temos outras buscando novas provas. Nenhuma informação é descartada. As pessoas compartilhando nas redes sociais ajudam muito o trabalho de investigação, porque o suspeito é uma pessoa de porte físico marcante. Por onde ele passa, é notado", lembrou o delegado.
O delegado destacou ainda a importância da ajuda da sociedade com informações verdadeiras. "A sociedade pode continuar compartilhando as fotos e informações verdadeiras. Em hipótese alguma o caso está esquecido. É feito todo um trabalho, dia e noite, ainda mais diante de toda gravidade do crime. É uma questão de honra prendê-lo", enfatizou o delegado Flávio de Melo.
Há rumores de que o suspeito estaria fora do País. Porém, não há confirmação. "Já houve informação de que ele foi visto em Santos, Barretos, Paraguai, mas nem tudo se confirma. Ouvimos todas as informações e continuamos com as investigações".
No último final de semana, o carro da bancária, usado pelo companheiro para fugir, foi encontrado na cidade de Maringá. O veículo, segundo apuração, estava abandonado próximo a rodoviária da cidade.
A polícia de Tupã com a ajuda da polícia da cidade paranaense agora investiga se o suspeito de matar a tupãense está escondido em Maringá ou fugiu para outra localidade e abandonou o carro no local para despistar a polícia.
Projeção pré-crime
Frente a agilidade do suspeito e sua capacidade de se manter foragido, a polícia tem a certeza de que o crime brutal cometido contra a bancária tenha sido minuciosamente premeditado. "Do que estamos levantando, cada vez mais é claro que houve uma premeditação. Ele (suspeito) vendeu algumas coisas, teve ainda a conversa com a mãe da vítima, ou seja, ele já vinha se preparando. Aparentemente, é uma pessoa diferenciada, teve muito tempo de dianteira. De quando ele matou a vítima até a descoberta do corpo, foram 15 horas. Em 15 horas, é possível fazer muita coisa, ir para bem longe", revelou o delegado.
Segundo o delegado, Ailton fez ainda um saque de R$ 20 mil de uma conta poupança. Antes de matar Débora, o companheiro da vítima teria feito uma visita para a sogra (mãe de Débora), quando teria dito a ela que iria dar "uma surpresa" para a mesma. Isso porque, a descoberta do crime coincide com a data de aniversário da mãe de Débora. Um triste e inesquecível presente.